Columbia terá mais 36 seguranças com poderes de prisão – 05/04/2025 – Mundo

[ad_1]

Os 36 novos patrulheiros especiais anunciados no mês passado pela Universidade de Columbia foram nomeados pelo Departamento de Polícia de Nova York e estarão sujeitos às ordens do comissário de polícia, confirmou um porta-voz de Columbia esta semana.

Os dirigentes de Columbia solicitaram ao chefe de polícia da cidade a designação de agentes da paz no ano passado, depois de terem convocado duas vezes policiais para prender estudantes pró-Palestina que haviam montado um acampamento não autorizado em um gramado do campus na primavera passada e se trancado dentro de um edifício acadêmico.

A porta-voz de Columbia, Samantha Slater, disse que os novos agentes passaram pelo processo de candidatura do departamento de polícia, conforme a Lei de Agentes da Paz do estado de Nova York, que permite que indivíduos e corporações solicitem ao comissário nomear seus funcionários como patrulheiros especiais. Se aprovados, os agentes nomeados adquirem os mesmos poderes de prisão e uso de força física que os policiais.

“Essas leis dão à Columbia a autoridade para ter patrulheiros especiais, com a nomeação do comissário de polícia”, escreveu Slater em um email em resposta às perguntas da Reuters. “Columbia tem indivíduos que atendem aos outros requisitos da lei, como um extenso programa de treinamento, e que passaram pelo processo de solicitação do departamento de polícia de Nova York.”

Ela afirmou que os patrulheiros especiais estão autorizados pelo código administrativo da cidade, que determina que eles estarão “sujeitos às ordens do comissário e obedecerão às regras e regulamentos do departamento, conformando-se à sua disciplina geral”.

Pela lei municipal, Columbia paga pelo treinamento e pelos salários dos agentes nomeados, e eles continuam sendo funcionários da universidade. No entanto, também “possuem todos os poderes e desempenham todas as funções” dos patrulheiros regulares da polícia. Os agentes de Columbia devem relatar quaisquer intimações que fizerem e levar qualquer pessoa presa ao distrito policial local.

Essas pessoas serão detidas e processadas em um escritório localizado em um prédio de Columbia cerca de 20 quarteirões ao norte do campus principal em Manhattan, até que possam ser entregues ao distrito policial, informou a universidade.

Após a publicação desya reportagem, Slater contestou a caracterização das leis e enfatizou que os agentes são funcionários da universidade.

“Eles são contratados, selecionados, empregados e financiados por Columbia”, escreveu Slater. A Reuters não conseguiu confirmar de forma independente todos os detalhes sobre como os agentes de Columbia passaram pelo processo de contratação e nomeação pelo departamento de polícia da cidade.

Um porta-voz da corporação disse que os patrulheiros estarão desarmados, mas se recusou a responder a outras perguntas. Os novos agentes devem completar 162 horas de treinamento certificado pelo estado, segundo Columbia, e, pela lei, serem empossados pelo comissário de polícia.

Depois disso, poderão patrulhar edifícios de propriedade privada da universidade, bem como praças e gramados com acesso restrito, locais nos quais os policiais regulares geralmente não atuam.

No ano passado, Columbia tornou-se o epicentro de um movimento de protesto estudantil contra as ações de Israel em Gaza que abalou campi universitários ao redor do mundo, atraindo críticas de políticos democratas e republicanos, doadores, além de alguns estudantes e professores.

O conselho de curadores de Columbia e os 111 membros do conselho da universidade —composto por estudantes, funcionários e ex-alunos— discordaram sobre a melhor forma de lidar com os protestos.

O conselho nomeou sua copresidente, Claire Shipman, como reitora interina da universidade na semana passada. No fim de março, a então ocupante do cargo, Katrina Armstrong, também interinamente na função, decidiu renunciar depois de o governo Trump anunciar cortes de verbas e exigir uma série de mudanças à instituição.

Poderes

Os novos agentes de Columbia têm os mesmos poderes de busca e prisão sem mandado que qualquer outro policial, segundo a lei de agentes da paz de Nova York. A lei estadual permite que os agentes usem “força física e força física letal ao realizar uma prisão ou impedir uma fuga”.

Slater afirmou que os patrulheiros trabalharão em conjunto com o departamento de segurança pública da universidade, mas –ao contrário dos 117 funcionários civis de segurança de Columbia– terão poderes para “remover indivíduos do campus, emitir notificações e realizar prisões, se necessário e apropriado”.

O plano estava em andamento meses antes de Donald Trump retornar à Casa Branca. Seu governo, que acusa manifestantes de antissemitismo dentro e nos arredores do campus, exigiu no mês passado que Columbia endurecesse suas regras de protesto ou perderia permanentemente o financiamento federal. Uma das nove exigências era que a universidade implantasse agentes da paz com poderes de prisão.

Jeanine D’Armiento, professora de medicina e presidente do comitê executivo do conselho, e outros dois membros que pediram anonimato, disseram à Reuters que o gabinete da reitoria recusou-se repetidamente a informar quem, no governo de Nova York, estava autorizando os agentes.

A porta-voz Slater disse que a universidade está cumprindo todos os seus estatutos e, em carta enviada após a publicação, afirmou que “o fato de Columbia estar procurando expandir sua equipe de segurança com agentes da paz não era segredo”.

[ad_2]

Source link

Adicionar aos favoritos o Link permanente.