Professor de SC é o mais importante do mundo em estudos sobre a sepse

O professor doutor Felipe Dal Pizzol, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), foi reconhecido como o pesquisador mais importante e produtivo do mundo no campo da encefalopatia associada à sepse.

Com uma trajetória acadêmica e profissional impressionante, ele se destaca tanto pelo volume de produção científica quanto pelo impacto significativo de suas pesquisas. Este reconhecimento foi destacado em um artigo publicado na revista Frontiers in Medicine.

Ele publicou 61 artigos científicos, o maior número registrado entre os pesquisadores da área, e suas obras receberam 930 citações, refletindo a importância e a relevância de seu trabalho no campo da medicina. As citações indicam o quão influente um artigo é, demonstrando que outros pesquisadores frequentemente utilizam o trabalho do educador como base para suas próprias pesquisas.

O periódico Critical Care Medicine foi o mais citado, indicando a alta qualidade e o impacto das publicações na área. Também aparece em segundo lugar, o pesquisador João Quevedo, da universidade, com 48 publicações.

Estar entre os que mais produzem e inovam nessa área específica é, sem dúvida, algo que me deixa muito grato e feliz. Nosso grupo possivelmente foi o primeiro a descrever um modelo animal para estudar de forma mais profunda e detalhada a disfunção cerebral causada pela sepse. Esse trabalho é fruto de uma longa colaboração com o professor João Quevedo, também citado no artigo como um dos pesquisadores mais citados na área. Muitos dos trabalhos que realizei foram parcerias nossas, originadas na tese da professora Tatiana Barichelo, também da Unesc. Foi nesse contexto que propusemos um modelo e, a partir dele, produzimos muito conhecimento sobre o desenvolvimento da encefalopatia, sugerindo alguns tratamentos e realizando estudos com novos medicamentos em humanos. No entanto, acredito que o mais significativo foi ter descrito e desenvolvido um modelo para estudar essa doença”, explica.

INTERNACIONALIZAÇÃO

Segundo ele, no início, esse modelo foi desenvolvido sem nenhuma contribuição internacional, foi um trabalho 100% de professores da Unesc.

No entanto, a partir daí, passamos a estabelecer colaborações internacionais, principalmente com pesquisadores dos Estados Unidos e da Europa, incluindo Inglaterra e França. Essas parcerias têm sido extremamente valiosas, ajudando a suprir lacunas tecnológicas que não conseguimos preencher aqui, além de oferecer facilidades estruturais que levaríamos muito tempo para desenvolver”, enfatiza.

De acordo com ele, a presença de pesquisadores renomados mundialmente também aumenta significativamente a visibilidade do trabalho:

A participação de pesquisadores de países desenvolvidos ajuda a aumentar a credibilidade e a disseminação da nossa pesquisa. Apesar das parcerias e colaborações internacionais, a base do nosso trabalho está na Universidade. Sem o apoio da Unesc, nada disso teria sido possível. O respaldo que a instituição nos proporcionou foi fundamental”.

Ele ainda ressalta que uma juventude apaixonada e motivada é essencial para o avanço da ciência no Brasil:

Devemos seguir nossa paixão. Reconhecer a importância da nossa missão é servir como exemplo para os jovens. Eles devem ter uma visão de pesquisa voltada para a inovação, o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, o que é crucial para o progresso da ciência e do país”.

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