Nick Carter, integrante da boy band Backstreet Boys, foi acusado mais uma vez de estupro. A nova denúncia foi apresentada por Laura Penly, que afirma ter sido abusada sexualmente pelo cantor em 2004, quando tinha cerca de 19 anos. A vítima também alega que contraiu várias infecções sexualmente transmissíveis após os episódios.
Segundo documentos judiciais obtidos pela revista People e pelo site TMZ, Penly e Carter teriam mantido um relacionamento íntimo por alguns meses entre o fim de 2004 e o início de 2005. Durante esse período, eles teriam tido relações sexuais consensuais em três ocasiões. No entanto, Penly afirma que foi violentada pelo cantor ao menos duas vezes — a primeira após se recusar a ter relações sem proteção, e a segunda meses depois, em circunstâncias semelhantes.
Recusa de preservativo, abuso e infecções
De acordo com o processo, Laura Penly alegou que Nick Carter se recusou a usar camisinha durante o encontro, garantindo que estava “limpo de doenças sexualmente transmissíveis”. Ela diz que insistiu para que a relação fosse protegida, mas foi forçada pelo cantor mesmo após dizer “não” repetidas vezes.
Nos documentos, a mulher afirma que nunca havia feito sexo sem proteção antes do encontro com Carter e que, depois do abuso, passou a apresentar sintomas e foi diagnosticada com clamídia, gonorreia e HPV. Penly também relatou ter desenvolvido câncer cervical, que estaria ligado à infecção pelo vírus HPV.
O processo ainda revela que, após o primeiro episódio, Carter teria pedido desculpas e convidado Penly a reencontrá-lo. Ela aceitou, mas voltou a ser abusada sexualmente, de acordo com seu relato. Ainda segundo a vítima, o cantor pediu que ela não contasse a ninguém sobre o que havia ocorrido, afirmando que ninguém acreditaria nela.
Acusações anteriores e reação da defesa de Nick Carter
Essa é a quarta vez que o cantor do Backstreet Boys enfrenta acusações de agressão sexual. Antes de Laura Penly, outras três mulheres — Melissa Schuman, Ashley Repp e Shannon Ruth — também denunciaram o artista. Todas as acusações foram negadas por Carter, que chegou a entrar com processos por difamação contra algumas delas. Em 2024, um juiz decidiu que Carter não poderia mover ação contra Ashley Repp por esse motivo.
Diante da nova acusação, os advogados de Nick Carter divulgaram um comunicado classificando o processo como “infundado” e parte de uma tentativa de destruir sua imagem pública. A defesa sustenta que as acusações são movidas por interesses financeiros. “É mais uma das mesmas bobagens da gangue de conspiradores e seus advogados que continuam a abusar do sistema judiciário para tentar arruinar Nick Carter”, afirmaram os representantes legais do artista.
Ainda de acordo com a nota, essa suposta “campanha coordenada” seguiria um “manual previsível”: as mulheres aguardariam momentos de maior visibilidade de Carter para apresentar suas denúncias, com o objetivo de causar o máximo de impacto negativo em sua carreira e vida pessoal. A defesa também insinuou que Penly enfrenta problemas financeiros e jurídicos, o que estaria por trás da motivação da denúncia.
O caso mais recente agora se junta a uma série de processos que cercam a trajetória do cantor desde 2017, quando a primeira acusação contra ele se tornou pública. Até o momento, Nick Carter não se manifestou pessoalmente sobre a nova acusação. O processo segue em andamento na Justiça dos Estados Unidos.

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