Estudo mostra vantagens da alimentação natural para pets

As preocupações com a alimentação dos animais de estimação têm ganhado cada vez mais espaço entre tutores que buscam oferecer mais qualidade de vida aos seus pets. O debate gira em torno dos malefícios das rações ultraprocessadas e do interesse crescente por alternativas mais naturais. Apesar disso, muitos ainda hesitam em mudar a dieta dos seus cães e gatos por não saberem como fazer essa transição de forma segura e eficaz. A falta de informação acaba mantendo muitos tutores presos a hábitos alimentares que, embora práticos, podem ser prejudiciais a longo prazo.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Pomona, na Califórnia, publicada em 2014, reforça a importância de repensar a alimentação dos pets. O estudo acompanhou 21 cães ao longo de um ano, realizando hemogramas periódicos e analisando os efeitos de uma dieta baseada em alimentos naturais cozidos. Os resultados mostraram melhorias significativas nos níveis de imunidade e oxigenação do organismo, com aumento de globulinas, leucócitos, hemácias e hemoglobina, indicadores importantes para a saúde dos animais.

Muitos dos problemas relacionados ao consumo exclusivo de rações industriais vêm da baixa diversidade de nutrientes e do excesso de componentes artificiais, como antioxidantes, corantes e conservantes. Além disso, ingredientes como farinha de milho e soja, frequentemente utilizados para reduzir custos, têm baixo valor nutricional. Já os alimentos naturais permitem um cardápio personalizado, ajustado às necessidades de cada animal, o que se traduz em benefícios como pele e pelagem mais saudáveis, controle de peso, aumento de energia, prevenção de alergias e doenças, além de melhora na digestão.

A boa notícia é que a mudança não precisa ser drástica ou onerosa. É possível iniciar a transição de forma gradual, incorporando alimentos simples e acessíveis à ração tradicional. Um exemplo prático é adicionar cerca de 200g de iogurte natural, algumas gotas de própolis sem álcool e meia cenoura ralada à refeição. Esses pequenos ajustes já podem contribuir para corrigir deficiências nutricionais e até aliviar sintomas de problemas de saúde como irritações na pele ou alterações na flora intestinal.

Ainda que a alimentação natural não seja, necessariamente, mais cara, é essencial que qualquer mudança seja acompanhada por um veterinário ou zootecnista. Somente um profissional pode avaliar corretamente fatores como idade, raça, peso e histórico de saúde do animal, e assim calcular as proporções adequadas para cada tipo de alimento. Um erro comum é tentar aplicar dietas humanas aos pets ou simplesmente copiar planos alimentares de outros animais, ignorando que as exigências nutricionais de cães e gatos são específicas e únicas.

A recomendação é que a introdução de alimentos naturais seja feita com cautela, inicialmente representando até 20% da refeição total. Se, após uma ou duas semanas, o animal estiver demonstrando boa aceitação, com fezes consistentes, disposição e ausência de desconfortos, a dieta natural poderá ser ampliada gradualmente até substituir completamente a ração. Essa mudança consciente, feita com orientação adequada, pode trazer transformações profundas e positivas na saúde e no bem-estar dos pets.

 

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