Por que não se come carne na Sexta-feira Santa? As curiosidades por trás do costume

Na Sexta-feira Santa, é comum observar uma mudança nos hábitos alimentares de muitas famílias, especialmente no Brasil: a carne vermelha sai de cena e dá lugar ao peixe. Essa prática, embora tenha origem religiosa, acabou se transformando em um costume cultural que atravessa gerações.

A tradição tem raízes no Cristianismo, que considera a Sexta-feira Santa um dia de luto e silêncio, em respeito à morte de Jesus. Com o passar do tempo, esse caráter mais solene influenciou também a alimentação. A carne vermelha passou a ser evitada por ser associada à celebração, enquanto o peixe, considerado um alimento mais simples e leve, foi mantido.

Curiosamente, esse hábito acabou influenciando até o comércio. Supermercados e peixarias registram aumento na procura por pescados durante a Semana Santa, e pratos como bacalhoada, moqueca, peixe frito e tortas de frutos do mar se tornam comuns em diversas regiões do país. No Centro-Oeste, a tradição se adapta aos sabores locais, os peixes de água doce ganham espaço nas refeições, preparados assados, grelhados ou em caldos.

Além do peixe, outros alimentos também ganham destaque nesse período, como ovos, legumes, verduras e preparações à base de grãos. O foco costuma estar em refeições mais simples, sem exageros, refletindo o espírito de sobriedade associado à data.

Embora tenha origem religiosa, a prática de evitar carne na Sexta-feira Santa muitas vezes é mantida por tradição familiar ou costume cultural. Não se trata de uma obrigação universal, e sua forma de observância varia bastante entre grupos, famílias e regiões.

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