O Palácio do Planalto confirmou, na noite desta segunda-feira (21), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja da Silva irão comparecer ao funeral do Papa Francisco, em Roma. A data oficial da viagem dependerá da agenda e dos protocolos que ainda serão divulgados pelo Vaticano nos próximos dias.
Segundo informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), uma comitiva brasileira será anunciada até esta terça-feira (22), conforme os trâmites diplomáticos forem estabelecidos entre o governo brasileiro e a Santa Sé.
Lula e o Papa Francisco se encontraram em três ocasiões nos últimos anos. A primeira ocorreu em fevereiro de 2020, após a saída do presidente da prisão. Em junho de 2023, os dois voltaram a se reunir durante uma visita oficial do presidente brasileiro ao Vaticano. O último encontro aconteceu em junho de 2024, durante a Cúpula do G7, realizada na cidade de Borgo Egnazia, no sul da Itália.
Papa Francisco
O Papa Francisco, cujo nome de batismo era Jorge Mario Bergoglio, morreu nesta segunda-feira. Ele assumiu o pontificado em março de 2013, após a renúncia do Papa Bento XVI, e permaneceu à frente da Igreja Católica por quase 12 anos. Sua morte gerou reações imediatas de líderes políticos e religiosos em todo o mundo.
Em resposta ao falecimento, o presidente Lula decretou luto oficial de sete dias no Brasil. O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, determinando que as bandeiras nacionais fiquem hasteadas a meio-mastro em todos os prédios públicos federais.
O decreto menciona que o Papa receberá honras fúnebres de chefe de Estado. A decisão é baseada na posição do líder da Igreja Católica como soberano da Cidade do Vaticano. Desde o anúncio da morte, a Esplanada dos Ministérios adotou o protocolo de luto, com destaque para a sinalização no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal.

No comunicado publicado nas redes sociais, o presidente destacou o papel do pontífice como figura de liderança global. Lula classificou a perda como um momento de pesar para a humanidade, ressaltando a importância da mensagem cristã de solidariedade, tolerância e acolhimento.
O funeral será realizado nos próximos dias, em cerimônia conduzida de acordo com os ritos do Vaticano. A expectativa é de presença de líderes de Estado, representantes de igrejas e delegações internacionais.