Milei, que decretou sete dias de luto no país, foi recebido no Vaticano em fevereiro de 2024, em um encontro que incluiu um abraço e uma troca de palavras afetuosas com Francisco.
A relação de Bergoglio com a política argentina, e particularmente com a ditadura (1976-83), foi espinhosa. Quando foi eleito papa, em 2013, foi vinculado à prisão de dois sacerdotes jesuítas que ficaram desaparecidos por cinco meses.
“Não vai haver outro igual”, disse a presidente da organização Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, em entrevista à Radio 10. Referência dos direitos humanos, ela afirmou que o pontífice “era como um irmão”, que se preocupava “com todos, da menor vítima aos poderosos”.
Carlotto, que contou que tinha previsto visitar o papa no próximo mês, acrescentou: “Que aqueles que vão ocupar o poder que ele tinha saibam que queremos papas assim.”
“Morreu o pai de todos”, disse o arcebispo Jorge García Cuerva em seu sermão. “Foi embora o pai dos pobres, dos marginalizados, daqueles aos quais muitos excluem”.
O mundo do futebol, do qual o papa se dizia apaixonado desde criança, também se somou às homenagens. O craque Lionel Messi escreveu uma homenagem emotiva no Instagram: “Um Papa distinto, próximo, argentino… QEPD papa Francisco”, escreveu, usando as iniciais de Que em Paz Descanse.