O dia de hoje marca oficialmente o “Descobrimento do Brasil”, data em que, no ano de 1500, a frota portuguesa chegou em terras brasileiras. O evento ficou registrado na famosa carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da expedição, que relatou a chegada ao território e os primeiros contatos com os habitantes indígenas.
O evento, denominado “descobrimento”, é também entendido como uma invasão, visto que a chegada dos portugueses significou o início da imposição de uma nova cultura, religião e sistema de exploração sobre as populações indígenas que habitavam o local.
A frota que tinha como destino a Índia, partiu de Lisboa em 9 de março, e acabou desviando da rota tradicional pelo Atlântico,chegando à costa brasileira. O primeiro ponto avistado foi um monte alto, que receberia o nome de Monte Pascoal, por ter sido identificado próximo ao período da Páscoa cristã. Dois dias depois, os portugueses ancoraram na região hoje conhecida como Porto Seguro, onde permaneceram por cerca de dez dias.
Curiosidades sobre o Descobrimento
1 – Um dos documentos mais importantes ligados ao descobrimento é o Mapa de Cantino, de 1502, um dos primeiros registros cartográficos da costa brasileira. Ele sugere que Portugal talvez já tivesse alguma informação prévia sobre as terras brasileiras.
2 – Outro fato curioso é que o termo “descobrimento” só passou a ser amplamente usado muitos anos depois. Na época, os próprios portugueses trataram o episódio como uma “descoberta casual” durante a viagem para as Índias.
3 – Em comemoração aos 400 anos do evento, o governo brasileiro lançou, em 1900, uma moeda de prata de 4000 réis, a maior já produzida no país. Em 2001, uma nota de 10 reais em polímero também foi lançada com a imagem de Pedro Álvares Cabral.
4 – O 22 de abril permanece como uma das datas históricas mais conhecidas do Brasil, ensinada nas escolas e marcada por cerimônias cívicas em várias regiões do país.
5 – O 22 de abril não é feriado nacional porque não há uma lei federal que o inclua entre as datas oficiais. Além disso, a data é vista mais como um momento de reflexão sobre a colonização do que de celebração.