Morte do papa: leitores comentam legado de Francisco – 22/04/2025 – Painel do Leitor


O legado do papa

“Acha que consigo?, perguntou papa a enfermeiro na Páscoa; como foram as últimas horas de Francisco” (Mundo, 22/4).” O papa nasceu argentino e, como sacerdote latino-americano, conviveu com a injustiça social. O fato de seu pontificado voltar-se aos pobres e excluídos não é só legítimo, mas urgente. Boa parte dos europeus desprezou esse aspecto. Muitos acharam piegas seu desdém pela opulência e distinção. Para nós, que convivemos com a exclusão e a pobreza, o olhar de Francisco faz todo sentido.

Wulf Dittmar (São Paulo, SP)

A esperança é que se mantenha a linha progressista deixada por Francisco, pautada na inclusão, na paz mundial, no meio ambiente e na defesa dos pobres e marginalizados.

Marcelo Rebinski (Curitiba, PR)


Mudanças

“Um papa simpático numa igreja decadente” (Hélio Schwartsman, 21/4). Embora não tenha introduzido mudanças substanciais na doutrina da Igreja, Francisco mudou o comportamento de fieis em relação a temas sensíveis, especialmente no que diz respeito à comunidade LGBT. E, para a vida, os comportamentos são mais importantes que a doutrina.

Jonas Nunes dos Santos (Juiz de Fora, MG)

Escrevendo do ponto de vista de uma católica, não existe “tanto faz” à medida que Francisco deixou um legado de mudanças, tratou de questões caladas pela ala conservadora da Igreja. Isso não é ser decadente, é ser relevante.

Terezinha Nascimento (Belém, PA)

Ataque à democracia

“Primeira Turma do STF torna réus mais 6 envolvidos na trama golpista de 2022” (Política, 22/4). Varram para debaixo do tapete as vossas vilanias, sandices e crueldades. Defendam criminosos e golpistas. A direita continuará passando por cima do que for preciso para se manter no poder. E pior, com o aval daqueles que ela, por ideologia, escolhe massacrar.

Eleuza Natália Andrade Carvalho (Fernandópolis, SP)

Abolir o Estado Democrático de Direito e golpe não são a mesma coisa?

Jose Batista (Goiânia, GO)

Trama golpista

“Bolsonarista é escolhido relator de caso Ramagem, e governistas veem tentativa de livrar Bolsonaro” (Política, 22/4). Quem não deve não teme. Então, quem não cometeu crimes não precisa de anistia. Elementar.

Joaquim Leitão Neto (Fortaleza, CE)

Os inimigos da democracia brasileira agem com um cinismo de dimensões devastadora.

Rubens Ventura (Londrina, PR)

Remoção

“Primeiras famílias deixam a favela do Moinho, em SP, em meio a tensão e cerco policial” (Cotidiano, 22/4). Propomos alternativas à remoção de moradores de favelas, como a urbanização inclusiva, em que novas construções já prevejam unidades destinadas à população de baixa renda.

Ronaldo Luis Gonçalves (Brasília, DF)

O lugar para chamar de seu deve ser uma escolha da família, sob aluguel ou não. A escolha deve valer para a classe média e para moradores das comunidades. A triste memória do governo Carlos Lacerda, no Rio de Janeiro, que retirou uma comunidade da Gávea e a levou para um local sem a mesma infraestrutura, como a Cidade de Deus, sofreu duras críticas dos moradores e outros segmentos da sociedade. No fundo as razões são as mesmas: deixar a área livre, visando lucro.

Jane Medeiros (Rio de Janeiro, RJ)

Paixão na autoimagem

“Elites que se tornaram uma caricatura” (Michael França, 21/4). Um retrato perfeito da realidade; pena ser tão feio em sua essência.

Luz Heli Maria de Paiva Oliveira (São José dos Campos, SP)

Uma bolha alienada, narcisista, autorreferente e sem educação, voltada ao próprio umbigo. Tudo sabido e conhecido, mas potencializado pelas redes sociais.

Márcia Corrêa (Porto Alegre, RS)

Com o desvelamento do narcisismo das elites podemos compreender vários comportamentos que reforçam a desigualdade a partir de objetos de consumo, que funcionam como marcadores de classes sociais e se tornam desejo de muitos que buscam ascender ao grupo seleto.

Adalto F. Júnior (Vitória, ES)

Favorito para o cargo

“Tite recusa convite do Corinthians e anuncia pausa na carreira para cuidar da saúde” (Esporte, 22/4). Seria de grande valia que sua recusa abrisse uma discussão sobre os limites da pressão no esporte. Stéfanis Caiaffo (Santos, SP)



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