Praticamente na mesma hora da votação em Camaragibe, a Câmara de Goiânia aprovou, por 25 votos favoráveis e três contrários, o título de cidadã honorária para Michelle.
A deliberação do título à ex-primeira-dama teve discussões acaloradas entre os parlamentares. O vereador Fabrício Rosa (PT) afirmou que Michelle nunca contribuiu diretamente com a capital de Goiás e que a decisão “esvaziava” o sentido da honraria.
“Não há histórico de atuação de políticas públicas em Goiânia, não conheço qualquer tipo de contribuição concreta para a população goianiense. Conceder esse título honorário, que é a maior honraria da Casa a alguém sem nenhum vínculo efetivo e afetivo, pode acabar esvaziando o sentido desse reconhecimento”, disse o petista.
Já o vereador William Veloso (PL), do partido de Bolsonaro e Michelle, afirmou que a ex-primeira-dama “contribuiu muito” com a capital do Estado, mas sem detalhar as benfeitorias.
“Foi uma primeira-dama que contribuiu muito, principalmente no segmento das pessoas com deficiência em todo Estado de Goiás, e não é diferente em Goiânia”, disse.
Desde agosto de 2023, o ex-presidente é cidadão goiano, recebendo a honraria das mãos do governador do Estado, Ronaldo Caiado (União). O projeto que concedeu o título foi aprovado em 2019, quando ele ainda chefiava o Executivo. Ele também recebeu a honraria dos legislativos do Paraná e Minas Gerais. Michelle, por sua vez, é cidadã honorária da cidade de São Paulo.