Sheinbaum rejeita tropas dos EUA no México – 03/05/2025 – Mundo

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou neste sábado (3) que rejeitou uma oferta de Donald Trump de enviar militares a seu país para combater os cartéis do narcotráfico.

Em um evento público, Sheinbaum se referiu a relatos do jornal The Wall Street Journal de que o republicano a havia pressionado para o México aceitar a presença de soldados americanos em seu território.

“É verdade (…) mas não é como dizem”, disse Sheinbaum, explicando que, em um telefonema, Trump lhe perguntou como ela poderia ajudar a combater o crime organizado e propôs o envio do Exército.

“Eu lhe disse: ‘Não, presidente Trump, o território (do México) é inviolável, a soberania é inviolável (…), nunca vamos aceitar a presença do Exército americano em nosso território”, afirmou. Ela disse que ofereceu a Trump a colaboração e o compartilhamento de informações.

Sheinbaum declarou ter pedido ao presidente americano que interrompa o tráfico de armas para as organizações criminosas do México —segundo ela, uma das causas de uma onda de violência que já dura quase duas décadas e matou mais de 450 mil mexicanos. “Ontem (sexta-feira), o presidente deu uma ordem para que haja tudo o que for necessário para impedir que armas entrem em nosso país a partir dos Estados Unidos”, disse ela.

O próprio Trump reconheceu na semana passada, em uma entrevista para o grupo de mídia conservador The Blaze, que ofereceu ajuda na luta contra os cartéis e recebeu uma negativa.

O presidente dos EUA insistiu que o México “precisa dessa ajuda”. “Em algum momento, talvez algo tenha que acontecer. Isso não pode continuar assim”, declarou o mandatário após ser questionado sobre uma potencial intervenção.

Segundo a imprensa americana, a ideia de enviar militares ao sul de sua fronteira existe desde o primeiro mandato de Trump (2017-2021).

Uma das maiores reclamações de Trump —e parte de seu argumento para impor tarifas— é que México e Canadá, seus vizinhos e parceiros comerciais no T-MEC, não fazem o suficiente para deter o tráfico de migrantes e de drogas, especialmente o letal fentanil, para os EUA.

Analistas consideram que essa pressão é uma estratégia do presidente americano para obrigar o México a redobrar seus esforços de segurança.

O governo de Sheinbaum multiplicou as apreensões de drogas, destacou 10 mil soldados na fronteira e entregou em fevereiro passado 29 líderes de cartéis à Justiça americana.

Após assumir, Trump declarou emergência na fronteira de 3.100 quilômetros com o México e ordenou o destacamento de cerca de 9.600 militares.

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