Viagra Boys lança disco eclético além do rock alternativo – 04/05/2025 – Ilustrada

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Depois de ABBA, Roxette, Europe, Ace of Base, Cardigans, Robyn e, mais recentemente, Swedish House Mafia, Icona Pop, Avicci, Zara Larson e Tove Loe, a Suécia prepara uma nova arma na missão de dominar o pop-rock mundial: o Viagra Boys.

Formado em Estocolmo em 2015, Viagra Boys é um sexteto formado por Sebastian Murphy (vocais), Linus Hillborg (guitarra), Henrik Höckert (baixo), Elias Jungqvist (teclados), Tor Sjödén (bateria) e Oskar Carls (saxofone). Murphy é o único não-sueco do grupo, tendo nascido em San Rafael, na Califórnia, e mudado para a Suécia aos 17 anos.

A banda acaba de lançar seu quarto álbum de estúdio, intitulado “Viagr Aboys” e, a julgar pela reação de críticos, público, e pela imensa lista de festivais e shows que a banda fará em 2025 e 2026, dá para prever que se tornarão muito em breve um nome de peso do rock internacional.

A música do Viagra Boys é uma explosiva mistura de punk, pós-punk, batidas eletrônicas e sintetizadores new wave que remetem ao som divertido e brutalista do Devo. Esta lendária banda norte-americana parece ter inspirado também as letras de Sebastian Murphy, cheias de comentários bem-humorados e ácidos sobre a sociedade de consumo, as redes sociais e a vida moderna.

“Man Made of Meat” (“Homem feito de carne”) abre o disco e é Devo até a medula, com sua letra surrealista e estranha: “Freaks acima do peso andam em cadeiras de rodas elétricas / fabricadas por duendes em alguma fábrica estrangeira / eles estão lá para comprar drywall e outros produtos / que podem comer em casa deitados no sofá / enquanto assistem a um programa de TV sobre um homem chamado Chandler Bing / que morreu num bizarro acidente numa banheira de hidromassagem”.

Ao vivo, Viagra Boys é um assombro, uma banda afiada que faz shows dos mais explosivos e divertidos. Sebastian Murphy é uma figuraça, sempre sem camisa, exibindo a barriga toda tatuada e bebendo cerveja sem parar, comandando plateias cada vez mais entusiasmadas pelo som punk e dançante da banda.

Se há um fator que diferencia o Viagra Boys de seus contemporâneos da música alternativa atual é um verniz na produção de suas músicas. Ficou claro, desde o primeiro disco, “Street Worms” (2018), que a banda almejava atrair um público mais amplo. O álbum conseguia um balanço difícil entre uma sonoridade pesada e abrasiva que agradava fãs de música alternativa e uma pegada pop que caía bem a ouvidos mais “comerciais”.

No segundo LP, “Welfare Jazz” (2021), o Viagra Boys recrutou um time de produtores que incluiu nomes ligados à música pop comercial como Patrick Berger, que trabalhou com Robyn e Lana Del Rey, e Justin Raisen, produtor de trabalhos de Charli XCX. O terceiro disco do Viagra Boys, “Cave World”, gravado em meio à pandemia e lançado em 2022, já trazia um som mais polido e faixas dançantes e radiofônicas como “Troglodyte”, “Punk Rock Loser” e “Ain’t no Thief”.

“Cave World” foi produzido pelo parceiro mais constante da banda, o sueco Pelle Gunderfeldt, um especialista em conseguir sonoridades pesadas, porém radiofônicas. Gunderfeldt produziu em 2002 a música “Hate to Say I Told Yo So”, o maior sucesso dos também suecos The Hives, outra banda que agrada tanto a fãs de música alternativa quanto ao público de FM.

Em “Viagr Aboys”, Gunderfeldt voltou ao comando e produziu o disco mais comercial da banda, uma coleção de 11 faixas que periga tirar o grupo do gueto do “rock alternativo” e expandir enormemente sua base de fãs. O disco tem faixas mais pesadas –”Man Made of Meat” e “The Bog Body”, que já haviam saído como singles– e outras bem comerciais e acessíveis, como “Pyramid of Health” e a balada “Medicine for Horses” (que lembra demais as canções mais lentas do Red Hot Chili Peppers).

“Viagr Aboys” tem tudo: uma pitada de punk, um pouco de rock de garagem, baladas de FM, batidas eletrônicas que funcionam bem em pistas de dança, enfim, é um disco eclético, muito bem produzido e suficientemente polido para não ofender a ninguém. Vai trazer mais gente para o barco do Viagra Boys e repelir aqueles fãs originais, que dirão: “Eu gostava deles quando eles eram underground”.

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