Muda cenário da tragicomédia mitômana; de golpe de estado e estado de golpe

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AO PONTO
Independentemente da gravidade do quadro, fica escandalosamente evidente que, mais uma vez, Bolsonaro usou a sua saúde para obter benefícios políticos. Esperava que as agruras por que passou, convertidas em martírio de apelo religioso e místico, decidissem a sorte da impunidade que tenta patrocinar no Congresso. Em vez disso, viu avançar a possibilidade de que se costure uma solução que concorra para minorar as penas daqueles que são considerados, para ficar no clichê, “peixes pequenos” no ato golpista de 8 de janeiro de 2023. Mas não a anistia.

Não vão desistir com facilidade, sabemos. Na CCJ da Câmara, em parecer de pornografia política explícita, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) propôs que a Câmara suspenda a ação penal contra Alexandre Ramagem (PL-RJ) pelos cinco crimes de que é acusado — e isso já é inconstitucional. Achando pouco, resolveu estender o, digamos, “benefício” para todo o núcleo de golpistas a que pertence Ramagem, incluindo… Bolsonaro.

Aqui e ali, reacionários, idiotas e oportunistas abusam de palavras como “polarização” e “pacificação”, sempre a sugerir que o preço de se “virar a página do país” — seja lá o que isso signifique — é empurrar os crimes dos golpistas para baixo do tapete. Não punir a tentativa de golpe de estado seria o mesmo que viver em permanente estado de golpe. A razão é simples: sem a punição, eles vão tentar de novo e sempre. Está na história. A quartelada que não se deu em 1955 e em 1961 foi desfechada em 1964. “Ah, aquilo não acontece de novo…” Não? Ainda que assim fosse, a impunidade, nesses casos, asfixia as instituições.



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