A cooperação não conhece fronteiras

Conheci na República Dominicana, um país caribenho com pouco mais de 11 milhões de habitantes, mais um exemplo prático de como o cooperativismo pode florescer e impactar positivamente a sociedade.
Recentemente, tive a oportunidade de visitar a capital, Santo Domingo, junto com colegas do Núcleo Estratégico da Unicred União, e conhecer a Cooproenf, uma cooperativa de crédito fundada por enfermeiras há 31 anos. Hoje, conta com 25 mil cooperados de diversas áreas profissionais e possui 15 agências espalhadas pelo país.

Nossa visita foi marcada por momentos de rica intercooperação. Fiquei impressionado ao ver o brilho nos olhos das dirigentes centro-americanas ao conhecerem a Anibalcred, uma cooperativa de crédito criada dentro da Escola Básica Aníbal Cesar, em Itajaí, com o apoio do Motorcoop, o braço de responsabilidade social e ambiental da Unicred União.

E fiquei encantado com a proximidade da Cooproenf com seus cooperados, um verdadeiro cuidado que reflete a cultura da enfermagem. Ouvimos atentamente e aprendemos práticas que certamente nos trarão inspiração no dia a dia.

O cooperativismo praticado na República Dominicana apresenta muitas semelhanças com o que se faz no Brasil, mostrando que, independentemente das fronteiras, os princípios cooperativistas podem unir e transformar comunidades de maneira muito parecida. Apesar de nunca termos interagido antes, as afinidades dos nossos propósitos me fizeram sentir como se já nos conhecêssemos há tempos.

Assim como no país da América Central, o cooperativismo também desempenha um papel crucial no Brasil. Mais de 75% dos cooperados brasileiros pertencem ao ramo de crédito, totalizando quase 18 milhões de pessoas. As cooperativas de crédito são fundamentais para a inclusão financeira, sendo a única instituição financeira presente em 368 municípios brasileiros. Com mais de 9 mil unidades de atendimento, elas formam a maior rede de postos físicos de atendimento do país.

Para aqueles que experimentam o cooperativismo no cotidiano, os números são mais do que dados estatísticos: eles são a confirmação do que se vê na prática. O cooperativismo é uma forma de associação que faz sentido para as pessoas, pois entende a realidade dos cooperados. Combina competitividade com equidade na distribuição, liberdade de participação e decisões coletivas.

Esse modelo tem funcionado de maneira contínua e natural por quase 200 anos, desde a criação da primeira cooperativa em 1844, na Inglaterra. O cooperativismo não é apenas uma estrutura econômica: é um movimento que promove solidariedade, inclusão e desenvolvimento sustentável.

Seja na República Dominicana, no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo, o cooperativismo continua a ser uma força transformadora, demonstrando que a cooperação não conhece fronteiras. Cooperativismo: faça parte de algo maior.

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