Moradores relatam possível crime de abuso animal em prédio no Setor Bueno

Nas últimas semanas, dezenas de moradores do condomínio Quebec estão enfrentando um cenário que só pode ser descrito como um pesadelo. De acordo com relatos e áudio obtidos com exclusividade do jornal O HOJE, moradores reclamam de gritos e choros caninos de um apartamento do condômino. Tamanho é o barulho de dor do animal durante a madruga que os vizinhos só conseguem pensar se não está acontecendo crimes de maus-tratos e até possivelmente tortura animal nos andares superiores.

De acordo com uma moradora do condomínio que não quis se identificar, já faz dias que não consegue dormir direito pelos gritos do animal ecoando entre as andares. Além disso, relata como outros moradores também estão incomodados pelos barulhos e pedindo que medidas sejam tomadas. “Quando o cachorro começa a chorar os moradores saem dos apartamentos para os corredores gritando ‘para de maltratar o animal!’. É algo muito triste e não tô aguentando mais”, diz a mulher aos prantos em sua denúncia. 

Em um áudio compartilhado com a equipe de reportagem, foi possível ouvir o momento em que o cão agoniza durante a madrugada por cerca de dois minutos seguidos. Os moradores ainda não sabem ao certo o que está realmente acontecendo no apartamento do tutor do cão. De acordo com mais informações apuradas, o cão que chora nos áudios é um filhote de pouco mais de dois meses da raça fila brasileiro. O cão que é considerado de médio porte estaria a poucos dias no apartamento do homem depois do mesmo vender a chácara que deixava os animais. Além deste cão, o homem supostamente também tem outros dois cachorros de pequeno porte que dividem o apartamento.

Segundo o síndico do prédio, que também não quis ter o nome divulgado, diz ter visitado o apartamento e conversado com o suspeito para explicar que o choro dos animais estava incomodando os vizinhos. Ainda segundo ele, o cachorro estaria agonizando pela agressão que os outros dois cachorros de pequeno porte estariam fazendo no filhote no momento que iam dividir a comida. Contudo, apesar desta visita e deste aviso prévio, o morador não remediou a situação e o sofrimento animal continuou por mais alguns dias. 

Depois disso, um grupo de moradores se dirigiu ao Grupo de Proteção Animal (GPA) da 1ª Delegacia da Polícia Civil de Goiás no Setor Jaó para prestar um boletim de ocorrência contra o tutor do cão a título de crime de maus tratos dos animais. Segundo relatos de um dos moradores, mesmo que essa agressão do cão seja causado diretamente pelo homem, o mesmo ainda pode ser passível a maus tratos por não separar os cachorros para prevenir ainda mais o sofrimento animal. Essa possível omissão da responsabilidade do tutor poderia qualificar o crime de maus tratos.

Enquanto isso, a PC-GO informou ao jornal O HOJE que está apurando o caso mas que não poderiam comentar sobre a ocorrência. O nome do suspeito também não foi divulgado e por causa disso a equipe de reportagem também não conseguiu ouvir a defesa do homem. (Especial para O Hoje)

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