Queda da ponte JK: risco iminente impede resgate de vítimas

O Brasil foi surpreendido com um triste incidente no último domingo (22) e, por se tratar de um local de difícil acesso e outras intercorrências, algumas vítimas ainda não foram localizadas. As buscas pelas vítimas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada na BR-226, entre os estados do Tocantins e Maranhão, foram parcialmente suspensas nesta sexta-feira (27). A decisão foi tomada devido ao risco iminente de novos desmoronamentos na estrutura.O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que deslocamentos foram detectados na ponte, tornando inseguro o trabalho nas proximidades dos pilares. “A autarquia aguarda a chegada de equipamentos de precisão para avaliar a estabilidade da estrutura existente. A previsão é que os dispositivos estejam operacionais ainda na tarde desta sexta-feira (27), permitindo a retomada das buscas no sábado (28)”, afirmou o Dnit em nota.CONTEÚDOS RELACIONADOS: Sobe para 9 o número de mortos após queda da ponte Juscelino KubitschekMPF investigará danos ambientais causados por queda de ponteAtualmente, as buscas são realizadas apenas em áreas afastadas da ponte, com o uso de lanchas, jet skis e buscas terrestres ao longo do leito do rio Tocantins. A operação envolve equipes da Marinha, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, além de peritos criminais e especialistas em identificação de corpos.Para enfrentar as dificuldades impostas pela profundidade de 48 metros e as condições instáveis do local, foi instalada uma câmara hiperbárica trazida do Rio de Janeiro pela Força Aérea Brasileira (FAB). O equipamento permite mergulhos seguros em águas profundas, enquanto capacetes com câmeras e fornecimento de oxigênio garantem maior eficiência e segurança aos mergulhadores.Até o momento, foram identificadas 18 vítimas do desastre. Nove morreram, oito seguem desaparecidas e uma foi resgatada com vida no domingo (22). Dois corpos localizados na quinta-feira (26) permanecem submersos devido às condições extremas do local.Quer mais notícias do Brasil? Acesse nosso canal no WhatsAppA Polícia Federal abriu um inquérito para apurar responsabilidades pelo colapso da ponte. O Dnit também instaurou uma comissão de sindicância e está colaborando com as investigações. Paralelamente, a Secretaria de Segurança Pública coordena os trabalhos de identificação das vítimas e monitoramento ambiental, devido ao vazamento de ácido sulfúrico no rio.A ponte desabou no domingo (22), derrubando quatro caminhões, dos quais dois transportavam ácido sulfúrico. Imagens registradas por moradores e pelo vereador Elias Júnior mostram o momento exato do colapso. Segundo relatos, a ponte enfrentava problemas estruturais há anos.Entre 2021 e 2023, o Dnit realizou manutenções no valor de R$ 3,5 milhões, incluindo reparos em vigas, lajes e pilares. Em 2024, foi lançado um edital de R$ 13 milhões para obras de reabilitação, mas nenhuma empresa manifestou interesse.O Ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou a reconstrução da ponte com prazo de um ano e investimento entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões. Enquanto isso, balsas estão sendo utilizadas para manter a conexão entre os estados, e rotas alternativas foram indicadas para o transporte de cargas.Uma situação de emergência foi decretada para agilizar os trâmites necessários à demolição da estrutura comprometida e à construção de uma nova ponte.
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