Liderança indígena pode estar envolvida em crimes ambientais

A Polícia Federal divulgou os dados de uma operação de combate ao desmatamento que aconteceu na semana passada, e que desarticulou operações de extração ilegal de minério e desmatamento em terras indígenas do sudeste paraense.A Operação, denominada de Operação “Sonho Distante 3”, ocorreu no município de São Felix do Xingu, na quinta-feira (20), e os resultados foram divulgados nesta terça (25). Na ocasião a Polícia Federal esteve em um garimpo clandestino de ouro e constatou que o garimpo encontrava-se inoperante, mas estava em funcionamento até poucos dias atrás. Uma caminhonete, duas caixas de coleta de ouro e cinco carotes de combustível foram encontrados no local e inutilizados. Ninguém foi encontrado na área do garimpo.Veja também:Senha de Wi-Fi leva a tragédia fatal: entenda que aconteceu!Vídeo: Polícia faz operação e prende traficantes em MarabáUsuários denunciam demora, lotação e falta de médicos no HMMDando continuidade à Operação a Polícia Federal logrou êxito em encontrar uma “serraria clandestina” instalada dentro da Terra Indígena Kayapó, na mesma região do garimpo. Segundo dados levantados pelo sistema Planet, cerca de 68 hectares de floresta teriam sido derrubadas pelos madeireiros ao redor dessa Serraria, sendo 13 hectares de áreas completamente desmatadas e 55 hectares de áreas em processo de desmatamento. Um trator de rodas, duas estruturas de apoio, motores, serras e diversos outros instrumentos utilizados na prática criminosa foram encontrados e inutilizados pelos Policiais. Ninguém foi preso na ação, mas duas pessoas foram identificadas como sendo responsáveis pelos crimes e responderão a inquérito policial. Foi identificada a participação de uma liderança indígena na atividade criminosa, além do possível fomento da atividade por parte de grandes fazendeiros locais, os quais estariam comprando madeira de lei, cuja extração e comercialização é proibida.

Caso se confirme tal hipótese durante as investigações, além dos responsáveis já identificados, a liderança indígena e os fazendeiros também poderão ser responsabilizados criminalmente pelos delitos.As ações fazem parte dos preparativos para a desintrusão da Terra Indígena Kayapó, determinada pelo Ministro do STF, Luis Roberto Barroso.

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