Lula cogita não disputar reeleição em 2026

Na primeira reunião ministerial do ano, realizada na segunda-feira (20) na Granja do Torto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou, pela primeira vez, a possibilidade de não se candidatar nas eleições de 2026. A decisão, segundo ele, dependerá da “vontade de Deus”.

Lula relembrou momentos recentes em que enfrentou situações que colocaram sua vida em risco, como uma viagem ao México, em outubro de 2024, quando o avião presidencial teve problemas técnicos e precisou retornar ao ponto de partida. O presidente também mencionou a cirurgia realizada após sofrer uma queda no banheiro, ressaltando a gravidade do episódio.

Apesar da incerteza sobre sua candidatura, Lula reforçou a necessidade de trabalho conjunto para garantir a vitória da base governista nas próximas eleições. Ele destacou a importância de fortalecer alianças e entregar resultados que consolidem o apoio da população ao projeto político atual.

Descontentamento com partidos da base aliada

Durante o encontro, Lula expressou insatisfação com o posicionamento de partidos aliados, como PSD, MDB, Republicanos, União Brasil e PP, que, segundo ele, não têm demonstrado comprometimento claro com o governo. A crítica foi direcionada aos ministros dessas legendas, que receberam a orientação de intensificar os esforços para fortalecer o alinhamento político.

Nos bastidores, líderes desses partidos reagiram às declarações, afirmando que já vêm contribuindo para a governabilidade, principalmente nas votações no Congresso.

Impacto político da fala de Lula

A sinalização de que Lula pode não disputar a reeleição abre um debate interno no PT e na base aliada sobre a sucessão em 2026. O partido ainda não tem um nome que reúna o mesmo peso político para liderar a disputa, o que torna o cenário incerto.

Especialistas políticos apontam que a declaração do presidente pode ser um movimento estratégico para testar a coesão da base e incentivar maior engajamento dos aliados. A oposição, por outro lado, enxerga a fala como uma oportunidade para reorganizar suas estratégias e buscar protagonismo nas próximas eleições.

Enquanto isso, o governo enfrenta o desafio de equilibrar articulações políticas e avanços em suas agendas prioritárias, em um cenário marcado por incertezas e movimentações intensas no cenário político nacional.

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