CEI vai ajudar a “mostrar situação” da Saúde em Goiânia

Os vereadores empossados para a nova Legislatura da Câmara Municipal de Goiânia dão sinais de ansiedade pela retomada dos trabalhos. Os parlamentares estão, mesmo durante o recesso, se movimentando na tentativa de ajudar a prefeitura de Goiânia, encabeçada agora por Sandro Mabel (UB), a encontrar soluções para os principais gargálos.

Nesse contexto, a situação da Saúde pública municipal é que tem chamado atenção. Vale lembrar que recentemente a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), alicerçada em um parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), aprovou a declaração de calamidade pública expedida pelo município para o setor.

Em paralelo às articulações do grupo governista, surge nos bastidores da política goianiense ensaios para instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) voltada a investigar o trabalho realizado na pasta da saúde ao longo dos anos de 2023 e 2024.

O movimento é encabeçado pelo vereador mais bem votado por Goiânia, Major Vitor Hugo (PL). Figuras consultadas pela reportagem do O Hoje argumentaram que a instalação de uma CEI poderá ajudar o prefeito Sandro Mabel a expor, ainda mais, a real situação que Goiânia atravessa. Sem contar que, segundo as mesmas fontes, poderá alcançar ainda mais respostas para “questões duvidosas” que ainda pairam sob a secretaria.

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Personagens próximos do prefeito Sandro Mabel, porém, veem com desconfiança essa estratégia. O temor é que a população atribua os supostos achados da gestão anterior ao governo de Sandro Mabel. Apesar da coleta de assinaturas estar avançando, não é descartada a possibilidade dos vereadores recuarem a pedido do próprio prefeito.

In loco

Na semana passada, o prefeito fez um giro pela capital, passando pelas unidades com maiores desafios. “Na UPA de Campinas, identificamos diversos problemas. A estrutura está precária, mas vamos buscar alternativas para que ela funcione adequadamente. Há pontos positivos, como a presença de médicos em atendimento, além da pediatria e sala de recuperação em operação. No entanto, equipamentos como o ar-condicionado e a máquina de infusão precisam de reparos. Há muito a melhorar”, afirmou Mabel.

Já no Cais Cândida de Morais, o prefeito conversou com pacientes que aguardavam atendimento em especialidades não disponíveis, como ortopedia e cardiologia. “As dificuldades ainda são grandes, mas vamos trabalhar para atender às necessidades identificadas”, garantiu. A comitiva também verificou o cumprimento das escalas pelos profissionais.

“Precisamos melhorar muito, por outro lado, já temos medicamentos e insumos disponíveis, o que é um avanço. As mudanças não acontecem de forma imediata, mas com empenho vamos alcançar o padrão desejado. Precisamos organizar escalas e ajustar vários pontos”, concluiu Mabel.

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