Trump orienta demissões generalizadas de funcionários em experiência


O governo de Donald Trump ampliou os esforços para seguir com a demissão de trabalhadores em estágio probatório na quinta-feira (13), instruindo as agências a seguirem em frente com os cortes.

As autoridades estão de olho nos funcionários em estágio probatório, – período onde funcionários públicos recém contratados são avaliados para, no caso de aprovação, conseguirem maior estabilidade – que normalmente estão empregados há menos de um ano, ou dois anos em alguns casos, porque têm menos proteções de emprego e não têm o direito de apelar.

Os sindicatos que representam funcionários federais continuam trabalhando para entender a escala e o escopo da demissão desses funcionários esta semana.

Mais de 200 mil funcionários trabalharam no governo federal por menos de um ano, segundo dados mais recentes de 2024 do US Office of Personnel Management, que conduziu a chamada na tarde de quinta-feira.

O corte ocorreu em departamentos como o de Energia e Assuntos de Veteranos, e seguiu as demissões de dezenas de trabalhadores em estágio probatório no início desta semana no Departamento de Educação, no Consumer Financial Protection Bureau e na Small Business Administration.

Mais demissões em outras agências, incluindo o Departamento do Interior, ocorreram na sexta-feira (14).

Até recentemente, funcionários federais em todas as agências governamentais só tinham sido colocados em licença administrativa remunerada.

A diretiva de quinta-feira marcou uma mudança na orientação, já que o OPM havia dito às agências no início desta semana que elas não precisavam demitir todos os trabalhadores em experiência, mas deveriam se concentrar naqueles que estavam com baixo desempenho.

“O período probatório é uma continuação do processo de candidatura a emprego, não um direito a emprego permanente”, disse um porta-voz do OPM à CNN em uma declaração na quinta-feira.

“As agências estão tomando medidas independentes à luz do recente congelamento de contratações e em apoio aos esforços mais amplos do presidente para reestruturar e agilizar o governo federal para melhor servir o povo americano no mais alto padrão possível”, acrescentou.

Desde que assumiram o cargo em janeiro, Donald Trump e Elon Musk miraram em cortes na força de trabalho federal, além de oferecer demissões voluntárias, que form aceitas por 77 mil trabalhadores e dissolver agências do governo.

A demissão de trabalhadores em estágio probatório estava em andamento desde o primeiro dia de Trump no cargo, quando o chefe interino do OPM enviou um memorando a todas as agências ordenando que compilassem uma lista de todos os seus funcionários e a enviassem ao escritório.

O memorando de 20 de janeiro observou que é mais fácil demitir esses funcionários.

Demissões via e-mail e vídeo

Alguns funcionários receberam seus avisos de demissão por e-mail, cartas e videochamadas, de acordo com fontes que falaram com a CNN.

Colaboradores do Departamento do Interior começaram a receber notícias de demissões generalizadas na sexta-feira, de colegas de trabalho que estavam sendo demitidos repentinamente.

Mais de 2.200 trabalhadores da agência, que inclui o Bureau of Land Management, o National Park Service, o Fish and Wildlife Service e o United States Geological Survey, foram desligados.

No OPM, dezenas de funcionários em experiência foram demitidos em uma chamada do Microsoft Teams na tarde de quinta-feira, segundo a Federação Americana de Funcionários do Governo, que representa funcionários de carreira no escritório.

Após receber um e-mail para participar da chamada, cerca de 100 pessoas entraram por vídeo e foram informados de que estavam sendo demitidos e teriam que deixar o prédio em meia hora.

O motivo citado para a demissão foi que eles não aceitaram o pacote de demissão adiada, segundo a AFGE.

Depois das 15h, aqueles que foram demitidos não tinham mais acesso ao prédio ou aos e-mails do governo. Representantes sindicais não foram autorizados a participar da chamada, disse a AFGE.

Cerca de 2 mil funcionários da agência foram demitidos, de acordo com uma fonte com conhecimento da ação.

No Serviço Florestal dos EUA, 3.400 funcionários foram desligados, segundo fonte da agência envolvida no assunto. A agência administra e mantém florestas e pastagens públicas e atua na proteção contra incêndios florestais.

A AFGE prometeu lutar contra as demissões, dizendo que a administração “abusou” do período probatório para “conduzir uma onda de demissões em massa politicamente motivada”.

 



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