Grupo coreano que toca samba, Rapercussion faz show em SP – 15/02/2025 – K-cultura


Um grupo veio da Coreia do Sul para fazer uma pequena turnê pelo Brasil. Mas não para cantar k-pop, e sim samba –em português mesmo. O Rapercussion ficou conhecido nas redes sociais ao fazer covers de sucessos do pagode, axé e MPB.

No repertório diverso, já cantaram músicas de Diogo Nogueira, Banda Eva, Elis Regina, Daniela Mercury e Djavan. Fundaram uma escola de samba e dão aulas de batucada no país asiático. Agora, vieram ao Brasil para fazer apresentações e curtir o Carnaval —eles chegaram em 31 de janeiro e só vão embora no dia 10 de março.

Neste domingo (16), o grupo faz dois shows grátis em São Paulo. Às 14h, em frente ao Centro Cultural Coreano, na avenida Paulista, e às 19h20, no Festival Seollal, na praça Tiradentes, no Bom Retiro.

Eles começaram a viagem no Rio de Janeiro. Curtiram as praias de Ipanema e Copacabana, que “continuam a impressionar com sua beleza”, dizem. Visitaram rodas de samba, viram o Salgueiro tocar e conheceram Diogo Nogueira, Roberta Sá e Mart’Nália. Um dos membros lembra quando chorou ao ver um show da sambista de voz rouca no Rio, há dez anos. “É uma heroína para nós”, escrevem num post.

O Rapercussion surgiu depois que os irmãos musicistas Recto Luz e Zion viajaram ao Brasil, em 2008, para conhecer de perto a música brasileira, pela qual se apaixonaram. De lá para cá, fizeram colaborações com mestres da capoeira na Coreia do Sul e outras pessoas se juntaram ao projeto.

Atualmente, são oito integrantes, que tocam instrumentos como cavaco, pandeiro e tambores. A vocalista usa o nome artístico de Linda Floresta. No ano passado, ela chorou ao encontrar Gilberto Gil.

O grupo viaja ao Brasil com frequência e mantém contato com cantores e mestres de samba, de quem chamaram a atenção com os covers. Conhecem os blocos Olodum, Vai Vai e Salgueiro. A expectativa nessa visita é colaborar com Saulo, contam.

“O momento atual, em que estamos conhecendo tantos artistas incríveis, realmente parece um sonho”, afirmam. Quando falam sobre seus artistas favoritos, citam vários nomes, como Carlinhos Brown, Ivete Sangalo, Ludmilla, Monobloco e Menos É Mais.

Todos os integrantes estudam português, mas dizem que ainda é desafiador cantar em uma língua que não é a materna. “Para memorizar as letras, ouvimos a mesma música mais de cem vezes e tentamos cantá-la. Ainda estamos aprendendo, mas esperamos que todos acompanhem nosso progresso e, em breve, nos vejam falando e cantando como brasileiros.”

A música brasileira na distante Coreia do Sul ainda não é tão conhecida, mas a bossa nova tem se popularizado por lá, dizem, e shows de nomes como Caetano Veloso e Gilberto Gil esgotam.

O Rapercussion leva a nossa batucada a apresentações e festivais pelo país asiático. Por lá, fazem ensaios duas vezes por semana, seguindo o modelo de escolas de samba, organizam festas, desfiles e workshops para recrutar novos membros.

“Os espectadores coreanos que assistem aos nossos shows, embora não compreenda o idioma, acabam dançando e aplaudindo graças à melodia e ao ritmo”, contam. “No começo, eles observam com curiosidade, mas logo começam a mover os corpos no ritmo da música.”


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