Queda na avaliação de Lula reflete eleitorado mais crítico


Tem um fator que é comunicação, tem um fator que é falta de uma marca forte, mas ela tem também uma mudança estrutural no eleitorado, que vem sendo cada vez mais crítico, e se o governo não responde em termos de política para esses segmentos, esses segmentos vão buscar alternativas e isso é um ponto que o governo vai ter que reorganizar em termos de ações que estavam congeladas.

Mas aí tem a limitação fiscal, por exemplo, o aumento da questão do imposto de renda, cada aumento da faixa do imposto de renda depende também da questão da justiça fiscal, mesmo políticas que são distributivas, elas já não têm tanto efeito e não teria mais recursos abundantes para fazê-la, então o governo tem aí também um problema na própria lógica de encontrar respostas que agrade e volte a atrair o seu eleitor tradicional.
Denilde Holzahacker

O Ipec (antigo Ibope) mostrou que Lula perdeu ainda mais popularidade em fevereiro. Subiu de 57% para 62% a taxa de brasileiros que dizem que o presidente não deveria se candidatar à reeleição.

Se 95% dos eleitores de Bolsonaro são contra a candidatura do petista, eles não estão sós: 32% dos que votaram em Lula em 2022 dizem que ele não deveria tentar um quarto mandato. Um em cada três.

A especialista Denilde Holzahacker completou sua análise de que o governo Lula precisa se reorganizar e mostrar sua verdadeira política.

É de fato um grande momento de necessidade de reorganização, não só acredito que a gente vai falar sobre a base eleitoral e como fica base aliada frente a essa queda de popularidade, mas é mais importante também o governo conseguir mostrar que tem políticas e que essas políticas estão chegando na sociedade de forma mais eficaz.
Denilde Holzahacker





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