Oscar: Votantes amam Fernanda Torres e odeiam O Brutalista – 21/02/2025 – Ilustrada


Uma das tradições mais divertidas de todo Oscar é o ritual anual dos veículos especializados ouvirem no anonimatos alguns dos membros da Academia sobre os seus votos na principal premiação de Hollywood. É o momento em que os votantes assumem a posição de comentaristas das redes sociais e descarregam suas opiniões dos principais filmes da temporada sem que o seu nome seja afetado.

Nesta edição, os relatos colhidos por jornais como a revista Variety e o site Indiewire apontam que os grandes vilões da maratona de cinema dos membros foram “O Brutalista” e “A Substância”. Mais surpreendente, porém, é que alguns declararam voto na brasileira Fernanda Torres, que disputa o Oscar de melhor atriz pelo filme “Ainda Estou Aqui”.

À Indiewire, um dos votantes afirmou que gostaria que a protagonista do filme de Walter Salles levasse o prêmio, mesmo que esteja confortável em ver a favorita Demi Moore subir o palco do Dolby Theater, onde acontece a cerimônia. “Eu votei naquela performance, na de Fernanda Torres”, disse o membro. “Eu topo ver a Demi Moore dando o discurso ‘Meu nome é Sra. Norma Maine’. Nós precisamos disso no Oscar. Mas Fernanda é a linha que te carrega ao longo de ‘Ainda Estou Aqui’.”

Já sobre Mikey Madison, outro nome cotado ao Oscar de atriz pelo filme “Anora”, o mesmo votante afirma que a artista também carrega o longa, mas dessa vez sem estragar a história.

Demi Moore está em uma boa posição na corrida também pela seu renome artístico. A Variety afirma que os membros ouvidos pela revista estão votando nela independente da sua opinião sobre “A Substância”.

A situação não é exatamente favorável ao terror de Coralie Fargeat na premiação. Um votante disse à Variety que despreza o terror dirigido por Coralie Fargeat, classificando-o como nojento e exagerado —até mesmo a protagonista não escapa, sendo definida por ele como uma atuação sem nada de especial.

Já na Indiewire, outro votante declara que ouviu muitas opiniões negativas dos colegas sobre o filme, mas que adorou a energia “punk” da produção —ele compara a obra ao movimento feminista Riot Girl. “Se estamos procurando um tema maior este ano, este é a emergência no mainstream deste tipo de filme. E quem sabe o que o mainstream é hoje em dia, de raiva feminina?”, ele diz.

Outro filme bem mal amado pela Academia é “O Brutalista”. “Foi como ver edifícios de concreto, eu não consegui”, disse um dos votantes à Indiewire. Na Variety, a situação não melhora muito, com um membro afirmando com todas as letras: “Eu demorei cinco dias para assistir a ‘O Brutalista’ e mais dois para acordar dele”.

Mesmo assim, o longa de mais de três horas de duração aparece entre os mais lembrados nos prêmios de melhor filme e melhor direção, com a Variety apontando que o longa de Brady Corbet pode surpreender na última hora. Um dos membros até elogia Felicity Jones, dizendo que ela sobrevive a uma chegada tardia na história —sua personagem só aparece na segunda parte do longa.

á Adrien Brody não ganha o mesmo carinho da torcida. Um dos votantes diz que mesmo que o ator carregue o filme, ele odiaria ter um jantar com o seu personagem e o Bob Dylan que Timothée Chalamet vive em “Um Completo Desconhecido”. O mesmo declara voto em Colman Domingo, afirmando que ele tem a melhor atuação sem cigarros do ano em “Sing Sing”.

Outro filme querido, mas muito mais discreto na corrida do Oscar é “Duna: Parte Dois”. “Eu não sei porque ‘Duna’ não foi indicado em toda categoria, e eu odeio ficção científica”, escreve um dos votantes à Variety.

Já na Indiewire, o membro ouvido pelo site diz que amou “Wicked”, mas que só foi lembrar do filme de novo ao ouvir um podcast com Ariana Grande esta semana. Para melhor filme, ele votou na última hora em “Anora”, depois de passar semanas certo de que a sua escolha era “Um Completo Desconhecido” —”Eu tenho zero distância [com Bob Dylan]. O segundo disco que comprei na vida foi ‘The Times They Are A-changin””.

Se todos esse comentários valem ou não de algo, o público só vai descobrir no próximo dia 2 de março, quando o Oscar revela os vencedores desta edição.



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