‘Concierge’ do PCC preso em SP pode ser novo Gritzbach, dizem agentes

O novato havia sido removido da Penitenciária de Tupi Paulista, também destinada a inimigos e delatores do PCC. Antes tinha passado pelos CDPs (Centro de Detenção Provisória) 3 e 4 de Pinheiros, na zona oeste paulistana, unidades chamadas de oposição ao Primeiro Comando da Capital.

Geralmente, quando um preso de alta periculosidade, apontado como homem forte do PCC, a exemplo de Senna, é preso em São Paulo, acaba transferido com a maior brevidade para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, o maior reduto da facção, por razões de segurança.

Até ser preso, Senna era desconhecido da mídia e da massa carcerária. Mas, segundo a PF, ele tinha vínculos com o PCC e era o responsável por operacionalizar a lavagem de dinheiro proveniente das ações do tráfico internacional de drogas pelo porto de Paranaguá (PR).

O preso – diz a PF – propôs até pagar US$ 1,5 milhão para resgatar o narcotraficante Gilberto Aparecido dos Santos, 54, o Fuminho, braço direito de Marco Willians Herbas Camacho, 57, o Marcola, número 1 do PCC, em 2020, quando o criminoso foi capturado em Moçambique, na África.

A defesa de Willian Barile Agati afirma que o cliente é um empresário idôneo e legítimo, primário e de bons antecedentes, pai de família, que atua em diversos ramos de negócios lícitos, nacionais e internacionais, sempre com ética e seguindo as leis vigentes e os bons costumes”.

A nota diz ainda que Agati é inocente, nunca praticou crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção e que tudo isso ficará provado ao final do processo.