Teia dos Povos organiza lutas em defesa dos territórios tradicionais

Em espaços como a Jornada Agroecológica da Teia dos Povos, populações originárias se articulam para defender comunidades. Foto: Luiza Pueiras (JAV/MG)

Entre os dias 29 de janeiro e 02 de fevereiro três mil pessoas participaram da 8ª Jornada Agroecológica da Teia dos Povos para debater e articular a resistência contra o latifúndio, a especulação imobiliária e o extrativismo da mineração

Isabella Tanajura | Salvador (BA)


Povos indígenas, quilombolas, movimentos sociais do campo e da cidade de todas as partes do Brasil se reuniram em Salvador durante cinco dias na 8ª Jornada Agroecológica da Teia dos Povos para fortalecer as lutas por terra e território das comunidades presentes. Entre os dias 29 de janeiro e 02 de fevereiro, três mil pessoas participaram do evento para debater e articular a necessidade da resistência contra o latifúndio, a especulação imobiliária e o extrativismo da mineração, que ameaçam a sobrevivência desses povos em seus territórios.

Ocorreram debates sobre agroecologia, terra e território, saúde e educação, além de espaços para apresentação de trabalhos acadêmicos e feira de exposição para os produtos desenvolvidos pelas comunidades.

O Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), movimento social que luta pela reforma urbana e pelo socialismo organizando milhares de famílias em ocupações urbanas, esteve presente com delegações de Minas Gerais e da Bahia. O MLB defendeu a organização do povo pobre contra a burguesia e os grandes proprietários de terra na forma de grandes ocupações nas periferias do país. Durante a atividade, foram vendidos mais de 130 jornais A Verdade em brigadas.

Em Minas Gerais, a Unidade Popular (UP) organiza o Coletivo Cacique Merong, que luta contra a mineração predatória, responsável por crimes ambientais e violências contra lideranças populares. O nome do coletivo homenageia o líder indígena Merong Kamakã, encontrado morto no ano passado após estar à frente da luta pela retomada de terras do povo Kamakã Mongoió, em Brumadinho, uma área de interesse da mineradora Vale. Ainda hoje, a retomada organizada pelo povo Kamakã Mongoió sofre intimidações e várias formas de violências por parte da Vale.

Levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT) aponta que pelo menos 11 lideranças populares do campo foram assassinadas em 2024, entre elas Nega Pataxó, no Sul da Bahia.

Tombamento do Abaeté

Povos indígenas, quilombolas, movimentos sociais do campo e da cidade de todas as partes do Brasil se reuniram em Salvador durante cinco dias na 8ª Jornada Agroecológica da Teia dos Povos para fortalecer as lutas por terra e território das comunidades presentes. Entre os dias 29 de janeiro e 02 de fevereiro, três mil pessoas participaram do evento para debater e articular a necessidade da resistência contra o latifúndio, a especulação imobiliária e o extrativismo da mineração, que ameaçam a sobrevivência desses povos em seus territórios.

Ocorreram debates sobre agroecologia, terra e território, saúde e educação, além de espaços para apresentação de trabalhos acadêmicos e feira de exposição para os produtos desenvolvidos pelas comunidades.

O Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), movimento social que luta pela reforma urbana e pelo socialismo organizando milhares de famílias em ocupações urbanas, esteve presente com delegações de Minas Gerais e da Bahia. O MLB defendeu a organização do povo pobre contra a burguesia e os grandes proprietários de terra na forma de grandes ocupações nas periferias do país. Durante a atividade, foram vendidos mais de 130 jornais A Verdade em brigadas.

Em Minas Gerais, a Unidade Popular (UP) organiza o Coletivo Cacique Merong, que luta contra a mineração predatória, responsável por crimes ambientais e violências contra lideranças populares. O nome do coletivo homenageia o líder indígena Merong Kamakã, encontrado morto no ano passado após estar à frente da luta pela retomada de terras do povo Kamakã Mongoió, em Brumadinho, uma área de interesse da mineradora Vale. Ainda hoje, a retomada organizada pelo povo Kamakã Mongoió sofre intimidações e várias formas de violências por parte da Vale.

Levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT) aponta que pelo menos 11 lideranças populares do campo foram assassinadas em 2024, entre elas Nega Pataxó, no Sul da Bahia.

Genocídio do povo negro

Tradicionalmente, no dia 02 de fevereiro, são realizadas celebrações de Iemanjá, a orixá das águas salgadas, entidade central nas religiões de matriz africana. Em Salvador, a data é reconhecida como Patrimônio Imaterial e considerada a maior celebração afrorreligiosa do Brasil desde 2021, reunindo milhares de pessoas na festa realizada no bairro do Rio Vermelho. Os participantes da articulação da Teia dos Povos estiveram presentes na celebração como atividade do último dia do encontro.

A Unidade Popular (UP) e a Frente Negra Revolucionária (FNR) realizaram um ato durante a festividade exigindo justiça por Mãe Bernadete, ialorixá e líder do Quilombo Pitanga de Palmares. Ela foi assassinada com tiros no rosto, dentro de casa, na presença de seus netos, há dois anos. A líder quilombola e seu filho Binho, também morto a tiros, em 2017, foram vítimas da especulação imobiliária que tem interesse no lençol freático e mananciais que fazem parte do território.

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