Conheça a série ‘Álcool na mira’ – 25/02/2025 – Equilíbrio


Saiu de cena a ideia de que uma dose de álcool poderia ser aliada da saúde. Agora, ganham fôlego pesquisas e indicações de entidades de saúde que ressaltam os malefícios dos drinques —dependência, hipertensão e até o câncer.

Se antes um pequeno estudo francês dizia que o vinho diário ajudava a melhorar a saúde do coração, novas recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmam que não há dose segura para se consumir.

Não à toa, as novas gerações questionam o papel do álcool nas interações sociais.

Para debater essas mudanças, a Folha estreia nesta terça-feira (25) a série “Álcool na mira”, que vai discutir aspectos científicos e comportamentais do consumo de bebidas alcoólicas.

Um estudo do instituto Gallup mostrou que jovens adultos nos Estados Unidos estão progressivamente bebendo menos.

De 2001 e 2003, aqueles de 18 a 34 anos que afirmavam consumir bebidas alcoólicas eram 72%, enquanto de 2021 a 2023 esse número caiu para 62%.

Entre os mais velhos, o efeito foi contrário: 49% dos entrevistados com mais de 55 anos afirmaram que bebiam no primeiro período, e 59% disseram o mesmo no segundo. A tendência se reflete em países europeus.

No Brasil, porém, é uma tendência que não se confirma. Dados da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, apontam que houve aumento no consumo de álcool em todas as faixas etárias de 2006 a 2023 –principalmente entre adultos de 25 a 34 anos.

No ano inicial da pesquisa, 2006, 21,7% disse haver consumido quatro (mulheres) ou cinco (homens) doses de álcool nos últimos 30 dias. Em 2023, esse percentual foi a 29,8%.

As reportagens do especial irão debater temas como a evolução nas pesquisas que reconhecem os impactos negativos do álcool, a mudança no padrão de consumo e os efeitos da bebida em cada faixa etária.

A série procura olhar, sem julgamento, para questões como a abstinência e a dependência para tentar entender como e por que a sociedade mudou sua relação com o álcool.



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