Goiânia aponta variações de até 25,19% nos preços de combustíveis

Uma pesquisa realizada pelo Procon Goiânia na última terça-feira (18), revelou uma grande variação nos preços dos combustíveis na capital goiana. O levantamento, que incluiu nove postos de combustíveis, apontou diferenças expressivas nos valores praticados, com destaque para o etanol hidratado, cujo preço oscilou entre R$ 3,89 e R$ 4,87, representando uma diferença de 25,19%.

Outros combustíveis também apresentaram diferenças significativas. A gasolina aditivada variou 11,17%, sendo encontrada entre R$ 6,09 e R$ 6,77. A gasolina comum registrou uma diferença de 8,01%, com preços entre R$ 5,99 e R$ 6,47. Já o diesel S-10 teve uma variação menor, de 6,24%, com valores entre R$ 6,09 e R$ 6,47.

Diante dessas diferenças, o Procon alerta os consumidores para a importância da pesquisa antes de abastecer e recomenda que se dê preferência a postos de combustíveis pertencentes a redes de franquias consolidadas, que passam por inspeções regulares e oferecem maior segurança quanto à qualidade dos produtos.

Fatores que influenciam os preços dos combustíveis

O economista Luiz Carlos Ongaratto explica que a variação de preço entre os postos está atrelada a diversos fatores, incluindo a localização dos estabelecimentos e os custos operacionais. Além disso, a estrutura do posto também influencia na precificação, assim como os estoques de combustível.

Outro fator determinante para a flutuação nos valores é a cadeia de distribuição. O especialista esclarece que “o que vai modificar são as distribuidoras, qual é a origem desse combustível. Se é mais próximo, mais longe daquele posto, custos com frete, pode alterar o preço dos combustíveis. Então essa variação de preço é esperada por parte também das distribuidoras”, aponta.

Cada distribuidora trabalha com margens de lucro diferentes, o que impacta no valor final para o consumidor. Sobre a estabilidade dos preços, o economista destaca que a Petrobras não tem alterado os valores dos combustíveis com frequência.

“A Petrobras não tem uma política de alterar o preço dos combustíveis, apenas ali uma vez por ano a gente vê essa alteração, então o problema não é na fonte. O problema maior é na estrutura de capital, da distribuidora e do posto”, afirma.

No caso do diesel, a oscilação dos valores é ainda maior devido à dependência do Brasil da importação desse tipo de combustível. “A gente teve a gasolina mais cara, a gente tem também por outro lado o diesel que tem uma oscilação maior de preços internacionais porque o Brasil não é autossuficiente em diesel”, explica Ongaratto.

Por outro lado, com a efetivação do E30 (mistura de 30% de etanol na gasolina), há uma tendência de maior estabilidade nos preços. “Essa lei do combustível do futuro fez com que o Brasil, a partir da adoção desse mix entre etanol e gasolina, ficasse autossuficiente em gasolina. Então a gente vai ter mais estabilidade no preço da gasolina por conta dessa maior mistura de etanol”, aponta.

Diante das oscilações, especialistas e órgãos de defesa do consumidor recomendam pesquisa de preços antes de abastecer e atenção à qualidade do combustível.

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