Pesquisadores afirmam ter descoberto “cidade subterrânea” sob as Pirâmides de Gizé, no Egito

Uma possível cidade subterrânea sob as Pirâmides de Gizé, no Egito, está dividindo opiniões na comunidade científica. Pesquisadores da Itália e da Escócia afirmam ter identificado uma extensa rede de estruturas ocultas a cerca de 1,2 km de profundidade, utilizando tecnologia avançada de radar e raio-X.

No entanto, arqueólogos e egiptólogos contestam as conclusões e alertam que a descoberta ainda não foi validada por estudos independentes.

O que os pesquisadores descobriram sob as Pirâmides?

O estudo, liderado por Corrado Malanga, da Universidade de Pisa, e Filippo Biondi, da Universidade de Strathclyde, utilizou tecnologia de radar de penetração no solo para mapear as camadas subterrâneas do Planalto de Gizé. As imagens obtidas revelaram cinco grandes estruturas idênticas interligadas por caminhos geométricos, cada uma contendo múltiplos níveis e um teto inclinado.

Abaixo dessas estruturas, os pesquisadores identificaram oito formações cilíndricas que parecem ser poços verticais, ligados a caminhos espirais descendentes. Esses poços, que se estendem até 648 metros de profundidade, convergem para duas grandes estruturas cúbicas de aproximadamente 80 metros de largura. Segundo os cientistas, a rede subterrânea se estenderia por cerca de dois quilômetros, passando sob todas as três pirâmides do complexo de Gizé.

Para Nicole Siccolo, porta-voz do Projeto Quéfren, essa seria uma das maiores descobertas arqueológicas da história moderna. “A descoberta de uma vasta cidade subterrânea, que acreditamos ser a lendária Amenti, redefine completamente nossa compreensão sobre o complexo das pirâmides e a civilização que as construiu”, declarou Siccolo.

Pirâmides
Imagem de raio-x identifica ”cidade subterrânea” nas Pirâmides de Gizé


Descoberta ou especulação?

Apesar do impacto da divulgação, o estudo ainda não foi revisado por cientistas independentes, o que levantou dúvidas sobre sua credibilidade. Especialistas em egiptologia argumentam que não há evidências concretas que confirmem a existência de uma cidade subterrânea dessa magnitude.

Zari Hawass, ex-ministro de Antiguidades do Egito, declarou ao jornal The National que décadas de pesquisas com radares e equipamentos similares nunca encontraram sinais de uma estrutura tão grande sob as pirâmides. Já Lawrence Conyers, da Universidade de Denver, questionou se a tecnologia utilizada seria realmente capaz de penetrar a tais profundidades e fornecer imagens tão detalhadas.

Outro ponto de debate é a interpretação dos dados obtidos. Os autores do estudo afirmam que as pirâmides não eram apenas tumbas faraônicas, mas também funcionavam como câmaras de ressonância, que poderiam ser preenchidas com água para gerar vibrações utilizadas em rituais religiosos. Essa teoria, no entanto, é vista com ceticismo pela comunidade acadêmica.

Pirâmides
Possível descoberta gerou debates na comunidade científica acerca da tecnologia empregada no estudo
(Imagem: Reprodução/X – @AnwiiTheFrench)

 

 

 

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