Vai ter greve de trem da CPTM terça (26): notícias sobre paralisação


“Empresas executam lucro, mas não retornam em investimentos à população”, diz representante de sindicado. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, que representa as bases das linhas 11, 12 e 13 da CPTM, Fernando Ricardo Santos da Costa, avalia que, enquanto a companhia pública investiu em trens, reformas e capacitação de funcionários ao longo dos últimos 30 anos, usuários de linhas privatizadas nos últimos anos sofreram com corte de gastos e pouco conhecimento técnico das equipes contratadas pelo setor privado.

Dirigente cita casos de lentidão e maior espera por trens em linhas privatizadas. “Hoje, na linha 9, por exemplo, operada pela ViaMobilidade, vemos frequentes reclamações de lentidão e que os intervalos de espera entre um trem e outro é muito maior do que era antes da privatização”, diz Costa. Ele atribui os atrasos à “falta de experiência dos profissionais que estão lá, de capacitação e treinamento de pessoas contratadas pelo setor privado, e de investimento em profissionais com experiência e conhecimento apurado”. E acrescenta: “Como qualquer empresa privada, o objetivo final será o lucro, não o serviço”.

A previsão dos ferroviários é de que, se aprovada, a paralisação contra a privatização comece nesta madrugada. Segundo previsão, a partir da meia-noite a circulação será interrompida – mas o indicativo de greve ainda será debatido em assembleia, na noite de hoje.

A greve deve interromper o atendimento nas linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade. O movimento destaca que mesmo se “houver demissões por conta da greve, ela continuará e não será encerrada.”

A direção do sindicato dos ferroviários declarou que só vai acabar a greve se o leilão for cancelado ou o governo demonstrar interesse em diálogo com a categoria. “Queremos que o governo seja democrático, converse com os ferroviários e consulte a população da região metropolitana de SP, que vai ser afetada, para paridade de diálogo para os dois lados” [setor privado e ferroviários], afirmou ao UOL o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil.

Mais de 4,6 milhões de pessoas residem nas regiões atendidas pelas três linhas. As linhas a serem leiloadas conectam a região central da capital paulista à zona leste e cidades como Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos.





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