PGR não propôs acordo a ‘pichadora’ do STF por gravidade dos crimes


Julgamento de Débora foi suspenso

O ministro Luiz Fux pediu mais tempo para analisar o caso. Ele terá até 90 dias para retomar o julgamento na Primeira Turma do STF. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já haviam votado para condenar Débora a 14 anos de prisão. Como as turmas são compostas por cinco ministros, basta mais um voto para formar maioria pela condenação.

Moraes disse no voto que as provas mostram que Débora se aliou conscientemente ao grupo que planejava um golpe de Estado. Ela também permaneceu na organização em frente ao quartel-general do Exército em Brasília e escolheu participar dos atos de 8 de Janeiro. Débora confirmou as acusações em interrogatório.

Em carta, Débora pediu desculpas por ter pichado a estátua. Ela escreveu “Perdeu, mané” na estátua, em referência a uma fala do presidente do STF, o ministro Luís Roberto Barroso. O magistrado respondeu a um manifestante bolsonarista com essa frase ao ser abordado na rua, durante uma viagem a Nova York, em novembro de 2022.

Débora afirmou que “jamais compactuou” com atitudes violentas ou ilícitas. Segundo a cabeleireira, ela foi à Brasília para uma “manifestação pacífica e sem transtornos”.

Por isso, no calor do momento, cheguei a cometer aquele ato tão desprezível (pichar a estátua). Posso assegurar que não foi nada premeditado, foi no calor do momento e sem raciocinar. Quando eu estava próxima a estátua, um homem pelo qual eu jamais vi, começou a escrever a frase e pediu para que eu a terminasse, pois sua letra era ilegível. Talvez tenha me faltado malícia para rejeitar o ‘convite’, o que não justifica minha atitude. Me arrependo deste ato amargamente, pois causou separação entre eu e meus filhinhos.
Débora Rodrigues Santos, em pedido de desculpas por ter pichado a estátua da Justiça





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