Dores e fraturas sem causa podem indicar câncer nos ossos. Entenda

Observar seu corpo e saber identificar quando há algo de errado é essencial para prevenção de doenças, pois quando alguma problema é detectado em seu estágio inicial, existem mais chances de cura e recuperação.Uma dessas doenças raras, mas que exige muita atenção é o câncer ósseo. Dores persistentes nos ossos e fraturas sem qualquer motivo aparente, podem indicar sinais da doença. Por isso, buscar um diagnóstico precoce é muito importante para iniciar o tratamento, o que ajudará a aumentar as chances de cura ou controle dessa doença.O tumor ósseo representa 2% das patologias oncológicas no Brasil, com uma incidência de aproximadamente 2.700 casos novos por ano, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cancerologia. A oncologista Aurenivea Cazzotto, uma das fundadoras do grupo Ellas Oncologia,  alerta que a raridade da doença pode ser uma barreira para o diagnóstico precoce,“O câncer ósseo pode afetar qualquer osso do corpo, mas é mais comum nos ossos longos das pernas e dos braços. O grande desafio do diagnóstico é que ele pode ser confundido com outros problemas musculoesqueléticos, o que retarda a identificação da doença. Quanto antes for detectado, maiores são as chances de um tratamento eficaz. Por isso, neste Abril Amarelo, a conscientização sobre esse tipo de câncer é tão necessária”, destaca.De acordo com  a médica ao descobrir a doença, é necessário identificar qual o seu estágio. Os tumores ósseos podem ser primários, quando se originam no próprio osso, ou metastáticos, quando o câncer surge e se espalha em decorrência de outro câncer desenvolvido em regiões como mama, próstata e pulmão.“Entre os tipos primários de câncer ósseo mais comuns estão o osteossarcoma, que é mais frequente em crianças e adolescentes e costuma surgir em ossos longos, como fêmur e tíbia, o condrossarcoma, que acomete principalmente adultos acima de 40 anos e se desenvolve a partir das células cartilaginosas, e o sarcoma de Ewing, que geralmente afeta crianças e jovens, podendo comprometer os ossos e os tecidos moles ao redor”, detalha a oncologista Caroline Secatto, que também integra o Ellas Oncologia.Outros sintomasO câncer ósseo pode se manifestar de forma silenciosa ou com sintomas inespecíficos, o que pode atrasar o diagnóstico. De forma geral, as especialistas apontam os sintomas mais recorrentes e que exigem atenção:– Dor persistente nos ossos, que não melhora com o tempo e piora à noite.– ⁠Inchaço e aumento de volume no local afetado, podendo ser acompanhado de calor na região.– ⁠Fraturas espontâneas, quando ossos fragilizados quebram com impactos mínimos.– ⁠Cansaço excessivo, com fadiga persistente que não melhora com o descanso.– ⁠Perda de peso sem explicação, associada aos demais sintomas já citados.Para chegar a um diagnóstico, é preciso passar por uma avaliação inicial inclui exames de imagem, como radiografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada. A confirmação do diagnóstico é feita por meio de biópsia, que permite a análise do tipo de tumor e suas características Já o tratamento se diferencia conforme o tipo e estágio da doença, podendo envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia.CONTEÚDOS RELACIONADOS:Câncer linfático: entenda doença que acomete cantor NetinhoCampanhas alertam para câncer do colo do útero e endometriose“Nos últimos anos, avanços terapêuticos vêm trazendo novas perspectivas para os pacientes. A chegada de terapias-alvo e da imunoterapia tem revolucionado o tratamento do câncer ósseo, proporcionando maior eficácia com menos efeitos colaterais”, destaca Caroline Secatto.Quer saber mais notícias de Saúde? Acesse nosso canal no Whatsapp“A informação salva vidas. Quanto mais as pessoas conhecerem sobre o câncer ósseo, maiores são as chances de um diagnóstico precoce e de um tratamento bem-sucedido”, conclui Aurenivea
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