Ex-senador, condenado por estupro da filha, deixa prisão e cumprirá pena em casa

O ex-senador Telmário Mota (sem partido) deixou a prisão em Roraima nesta quinta-feira (17) após o desembargador Ricardo Oliveira, da Vara de Execução Penal, autorizar que ele cumpra parte da pena em regime domiciliar.

Condenado a oito anos e dois meses por importunação sexual contra a própria filha, Mota também é investigado por supostamente mandar matar sua ex-mulher. A decisão judicial, com prazo inicial de dois meses, foi baseada em laudos que apontam problemas cardíacos, depressão com tendências suicidas e falta de tratamento adequado no sistema prisional.

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A defesa alegou que o ex-senador sofre de hipertensão, artrose, gordura no fígado e depressão moderada com “ideação suicida grave”, necessitando de acompanhamento psiquiátrico urgente. Dois laudos médicos, incluindo um do Ministério Público, recomendaram a transferência para evitar riscos à vida. O juiz destacou que a prisão não oferece o tratamento necessário e impôs o uso de tornozeleira eletrônica, com saídas apenas para atendimentos médicos.

O advogado Diego Rodrigues, que defende Mota, afirmou que a decisão “evitou um desfecho fatal”. O ex-senador terá a situação reavaliada após 60 dias. Enquanto isso, continuará respondendo aos processos em liberdade controlada. O caso gerou polêmica, já que Mota foi condenado por crime contra a filha e ainda responde por acusações de homicídio contra a ex-esposa.

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