Crimes virtuais crescem no Estado do Pará

Levantamento da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) mostra que em 2022 foram registrados 13.391 casos de crimes virtuais, número que subiu para 17.121 ocorrências do mesmo delito em 2023, o que representa um aumento de cerca de 28% no número de registros entre um ano e outro. Entre os golpes mais frequentes, estão cartão clonado, pix e golpes aplicados em redes sociais. De janeiro a maio deste ano, foram registrados 6.694 casos de golpes virtuais em todo o Estado.E a maioria desses golpes ocorrem através dos smartphones. Presente na vida de quase todos os brasileiros, o celular tornou-se um dispositivo fundamental para o dia a dia, não apenas para as chamadas telefônicas, como também para outros usos, como fotos, agenda, GPS, redes sociais e até transações bancárias disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana. Tanta praticidade atrai a atenção dos bandidos.As abordagens que ocorrem por ligações, e-mails, SMS, mensagens em aplicativos usam técnicas para enganar o indivíduo e fazer com que ele forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões induzindo a falsos procedimentos de segurança e transações financeiras para o golpista.Conteúdos relacionados:Polícia prende um e desarticula universidade falsa no ParáPará: preso acusado de receber dinheiro falso pelos CorreiosAmazônia Paraense recebe inscrições até 5 de julho“O cliente deve tomar muito cuidado com ligações recebidas de estranhos, pedidos de dinheiro, mensagens em e-mails, SMS e aplicativos de mensagens, promoções tentadoras com produtos muito abaixo do preço e promessas de ganho fácil. Pare, pense e desconfie sempre, porque pode ser golpe”, afirma José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).Ele reforça que nunca os bancos nunca ligam e pedem para que clientes façam estorno de transação, transferências, Pix ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar problemas na conta.Sobre os aplicativos bancários, a Febraban informa que eles são seguros e os dados de uso não ficam armazenados nos aparelhos. “Os aplicativos contam com o máximo de segurança em todas as suas etapas, desde o seu desenvolvimento até a sua utilização”, diz Gomes.Não há registro de violação da segurança desses aplicativos, os quais contam com o que existe de mais moderno no mundo para este assunto. Para que os aplicativos bancários sejam utilizados, há a obrigatoriedade do uso da senha pessoal do cliente. Além disso, as transações estão protegidas por token, biometria facial/digital ou outro fator de segurança randômico que o banco do cliente ofereça.A Febraban orienta que seus clientes utilizem sempre as ferramentas de segurança disponíveis em seu celular, tais como bloqueio de tela inicial, biometria facial/digital e o bloqueio automático de tela. Além disso, a federação recomenda que o cliente baixe o aplicativo Celular Seguro, do Ministério da Justiça, uma nova ferramenta que foi desenvolvida para combater fraudes de forma rápida por meio do bloqueio de aparelhos celulares em casos de perdas, furtos e roubos. Os bancos e sua operadora telefônica são alertados, bloqueiam o acesso remoto às contas e ao sinal do aparelho.Quer ler mais notícias do Pará? Acesse nosso canal no WhatsappSaiba mais sobre golpes aplicados por meio de celularesGOLPE DO 0800l Golpistas enviam mensagens para o cliente informando sobre uma transação suspeita de valor alto, solicitando que ele entre em contato com uma suposta central de atendimento para esclarecer a questão. No texto da mensagem aparece um número 0800, que supostamente seria uma central telefônica de um banco ou de uma área de cartões de crédito. Realizam também ligações telefônicas com uma gravação simulando as URAs (Unidade de Resposta Audível) das instituições financeiras.Na mensagem, o golpista usa o nome de alguma instituição financeira em mensagens como por exemplo: Compra aprovada no valor R$10.000,00 em loja exemplo.br no dia 14/02/2024. Para confirmar digite 1. Caso não reconheça, ligue para 0800 000 0000.Para cancelar a falsa operação, o golpista induz a vítima a fazer uma transação ou fornecer dados pessoais, como número de conta e senha.Como evitar – O cliente nunca deve fazer ligações para números de telefone (0800) recebidos por mensagens. Se tiver alguma dúvida, ele deve ligar para os canais oficiais de seu banco ou para seu gerente.GOLPE DA TAREFAl Criminosos usam aplicativos de mensagens e oferecem às vítimas uma oportunidade para ganhar dinheiro rápido e de forma fácil em troca da realização de tarefas simples na internet, como curtir fotos, fazer comentários e seguir contas de empresas e lojistas nas redes sociais. Conhecido como “golpe da tarefa” ou “golpe da renda extra”, a vítima recebe uma mensagem do golpista que se apresenta como um funcionário de uma empresa de marketing digital que está selecionando interessados para trabalhar de maneira online.No começo, o usuário faz as tarefas e o golpista até deposita dinheiro na conta da vítima para gerar credibilidade, mas sempre em valores baixos. No entanto, chega um momento em que é preciso pagar para poder participar. O golpista alega que o participante recuperará o dinheiro no mesmo dia, e assim o golpe é aplicado.Como evitar – Sempre desconfie de proposta de trabalho que você tenha que pagar ou com promessas de vantagens exageradas.GOLPE DA CLONAGEM NO WHATSAPPl O criminoso envia mensagem pelo app fingindo ser de empresa em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com isso, conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular e enviam mensagens para os contatos da pessoa, pedindo dinheiro emprestado.Como evitar – Uma medida simples para evitar clonagem é habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas”. Nunca informe o código de segurança do seu WhatsApp.GOLPE DE ENGENHARIA SOCIAL COM WHATSAPPl O criminoso escolhe uma vítima, pega sua foto em redes sociais e descobre os contatos da pessoa. Com um novo número de celular, manda mensagem para amigos e familiares da vítima, alegando que teve de trocar de número devido a algum problema. A partir daí, pede uma transferência/pagamento, dizendo estar em alguma situação de emergência.Como evitar – A Febraban alerta que é preciso ter muito cuidado com a exposição de dados em redes sociais, como, por exemplo, em sorteios e promoções que pedem o número de telefone do usuário. Não faça qualquer tipo de transação até falar com a pessoa que está solicitando o dinheiro por outro meio, como ligação de vídeo.GOLPE DO PHISHINGl O phishing, ou pescaria digital, visa obter senhas e dados pessoais do usuário. Geralmente acontece por e-mails recebido de supostos bancos com mensagens que afirmam que a conta do cliente está irregular, que o cartão ultrapassou o limite, atualização de token ou ainda sobre a necessidade de instalação de um novo software de segurança. Também acontecem em aplicativos de mensagens, redes sociais que induzem o usuário a clicar em links maliciosos e páginas falsas na internet.Como evitar – Ao acessar um site, sempre verifique na barra do navegador se o endereço da página está correto. Não clique em links ou anexos de e-mails de remetentes desconhecidos. Para garantir, digite o endereço oficial da página que deseja acessar direto no navegador. Sempre prefira comprar em sites conhecidos, e nunca use computadores públicos para comprar algo. Ao receber ligações ou mensagens, não repasse nenhum código fornecido.
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