Perguntas que Moraes não respondeu à OEA



Não vai adiantar ao STF presentear com gravatinhas o representante da OEA para Liberdade de Expressão. Na visita ao Brasil, a comitiva do advogado Pedro Vaca Villareal ouviu muitas perguntas sem resposta envolvendo a prática de censura e o cerceamento à livre opinião no país. Perguntas que há anos vêm sendo feitas pelos brasileiros. E que há anos são solenemente ignoradas pelo censor-mor do Judiciário.

Como apontou editorial da Gazeta do Povo, se o relator colombiano tiver um mínimo de desconfiômetro, haverá de se perguntar como é que se “defende a democracia” agredindo a liberdade de expressão de forma tão escancarada.

Quanto à prática da censura, o ministro Alexandre de Moraes acabou fazendo uma confissão explícita. Ele disse que ordenou o bloqueio de “apenas” 120 perfis nas redes sociais. Como se a censura se contasse em números, só passando a ser perniciosa caso quando ultrapassa a casa de milhões de cala-bocas.

Impossível ignorar abusos

Como não ficou restrito à bolha do consórcio governo do PT e do STF, o relator da OEA ouviu relatos pormenorizados dos abusos cometidos. Ele volta para Washington com a mala cheia de documentos comprobatórios.

Com certeza foi informado, também, das manifestações do presidente da Câmara, Hugo Motta, e do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Ambos disseram em entrevistas que não faz sentido classificar os atos de 8 de janeiro como tentativa de golpe. Até o ministro da Defesa admite que isso salta aos olhos. De que há gente inocente pagando por crime não cometido. Gente que quebrou uma vidraça e acabou recebendo condenação maior do que a normalmente aplicada a assaltantes à mão armada.



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