Gaza: quem são os reféns libertados e os que serão soltos – 15/02/2025 – Mundo


Iair Horn, Sagui Dekel-Chen e Alexander Sasha Troufanov foram os três reféns libertados pelo Hamas neste sábado (15), e agora faltam 14 sequestrados para serem soltos pelo grupo terrorista, segundo os termos do cessar-fogo firmado com Israel.

Na última terça-feira (11), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, repetiu sua vontade de acabar totalmente com a guerra e afirmou que, caso o Hamas não libertasse “todos os reféns”, tudo poderia acontecer.

Veja abaixo quem são os três libertados deste sábado (15) e os demais que deverão ser libertados nas próximas semanas, caso o Hamas cumpra o acerto com Tel Aviv.

Iair Horn, 46

Libertado neste sábado, Iair Horn, 46, foi sequestrado junto com seu irmão, Etan, 38. Sua família, que faz parte da comunidade judaica na Argentina, somente teve a confirmação dos sequestros seis semanas após o ataque de 7 de outubro de 2023, quando o exército israelense confirmou a situação dos irmãos. Etan não está na lista dos 33 reféns a serem soltos na primeira fase do cessar-fogo.

Sagui Dekel-Chen, 36

Agora em liberdade, Sagui Dekel-Chen é filho de um casal americano e morava no kibutz Nir Oz. No dia do ataque, foi sequestrado pelos terroristas após horas de combate armado. Sua mãe, Neomit, 63, também morava no kibutz e foi levada junto com seus vizinhos em um veículo elétrico. No caminho para Gaza, um helicóptero da IDF atirou nos terroristas e no motorista. Mesmo ferida, Neomit voltou para a casa da família, onde foi resgatada e evacuada.

Alexander Sasha Troufanov, 29

Outro dos libertados neste sábado, o cidadão russo-israelense Alexander Sasha Troufanov, 29, foi utilizado pelo Jihad Islâmico —grupo terrorista aliado do Hamas— para gravar vídeos sobre os desdobramentos do conflito pelo menos cinco vezes até 2024. Troufanov foi sequestrado no dia dos atentados, também no kibutz Nir Oz, junto com sua mãe, avó e namorada; seu pai foi assassinado. Toda a sua família foi libertada no acordo de novembro de 2023.

Kfir Bibas, 2; Ariel Bibas, 5; Shiri Bibas, 33

A família Bibas ganhou atenção ao longo do conflito por incluir os mais jovens sequestrados pelo Hamas durante o ataque no sul de Israel —Kfir e Ariel, que tinham respectivamente oito meses e meio e quatro anos de idade à época do atentado.

Em novembro de 2023, a facção afirmou que ambas as crianças e a mãe delas, Shiri, 32, haviam sido mortas por um bombardeio de Tel Aviv em Gaza. Na época, o Exército de Israel disse que verificava a informação, mas nunca a confirmou nem negou. No fim de janeiro, em um dos comentários oficiais mais diretos sobre a família, o porta-voz das Forças Armada, Daniel Hagari, expressou “sérias preocupações quanto ao destino deles”.

Itzhak Elgarat, 69

De cidadania dinamarquesa, Itzhak Elgarat, 69, tem dois filhos, com os quais morava no kibutz Nir Oz. No dia do atentado, Elgarat foi sequestrado dentro de casa, pouco depois de falar com seu irmão por telefone. Em março de 2024, o grupo terrorista divulgou que o refém teria morrido durante um ataque das forças de Tel Aviv. As autoridades israelenses, no entanto, afirmam que há razões para acreditar que o vídeo não fosse verdadeiro.

Oded Lifshitz, 84

Oded Lifshitz é jornalista e um dos reféns mais velhos sequestrados pelo Hamas. Lifshitz e sua esposa, Yocheved, 85, são bisavós e estão entre os fundadores do kibutz Nir Oz. Antes do ataque, o casal transportava pacientes de Gaza para hospitais em Israel. Segundo a família, ambos sempre foram defensores dos direitos humanos e da paz. Eles foram levados no dia do atentado, mas sua esposa foi libertada em novembro do mesmo ano. A família de Lifshitz teme que, devido às poucas atualizações do grupo terrorista, o jornalista esteja morto.

Tsachi Idan, 50

Tsachi Idan morava no kibutz Nahal Oz com sua esposa e três filhos. No dia do atentado, terroristas do Hamas invadiram o local e, enquanto a família tentava se proteger, mataram a filha mais velha, Maayan, 18. A mãe, Gali Idan, e os dois filhos mais novos não foram levados. Toda a operação foi filmada e, nos registros, é possível ouvir a filha mais nova, Yael, pedindo aos terroristas que não levassem Tsachi. Segundo Gali, “eles prometeram a Yael que ele voltaria”.

Omer Wenkert, 23

Omer Wenkert era gerente de restaurante e planejava se tornar um crítico de gastronomia, segundo a família. Wenkert foi sequestrado no festival de música atacado pelo Hamas —no mesmo dia, os parentes afirmaram ter recebido um vídeo dos terroristas mostrando o jovem amarrado na carroceria de uma caminhonete branca, de cueca. A mãe, Niva, disse que viu os olhos do filho no vídeo: “eu vi que ele está vivo”.

Ohad Yahalomi, 50

O morador do kibutz Nir Oz Ohad Yahalomi 50, foi sequestrado junto com a esposa e seus três filhos, em casa, depois de trocar tiros com homens do Hamas e ser baleado na perna. A esposa e duas filhas conseguiram fugir. Seu outro filho, Eitan Yahalomi, 12, foi levado pelos terroristas e posteriormente libertado durante o acordo de novembro de 2023.

Tal Shoham, 40

A família de Tal Shoham estava próximo ao local do atentado em visita devido a um feriado religioso. Shoham e outros seis membros da família foram levados depois de os terroristas atearem fogo à casa em que estavam. A esposa e dois filhos, bem como sua sogra, a tia e a sobrinha da esposa, foram libertados no acordo de novembro de 2023.

Eliya Cohen, 27

A família do refém Eliya Cohen ouviu, na última semana, que o jovem de 27 anos ainda está vivo. Dois reféns libertados na quinta troca —em 8 de fevereiro—, Or Levy e Eli Sharabi, afirmaram que foram mantidos com Cohen nos túneis do grupo terrorista em Gaza.

Omer Shem Tov, 22

Omer Shem Tov tinha 20 anos quando, durante a festa atacada pelo Hamas, foi sequestrado pelo grupo terrorista junto com seus amigos. A mãe disse ter reconhecido o filho em um dos primeiros vídeos divulgados pelos terroristas; nas images, Omer aparecia com um grupo de reféns em um hospital.

Avera Mengistu, 38; Hisham Al-Sayed, 36

Ambos os homens foram sequestrados pelo Hamas há cerca de dez anos. Hisham Al-Sayed, um cidadão beduíno, foi sequestrado em 2014. Além dele, Avera Mengistu, de origem etíope-israelense, foi levado em 2015. O Hamas diz que os dois foram detidos por serem soldados, mas a organização Human Rights Watch afirma que ambos são, na verdade, civis isentos do serviço militar. Os dois têm transtornos mentais e, segundo o exército isralenese, o estado de saúde de Avera é considerado grave.

Shlomo Mantzur, 85 (morto)

O refém mais velho do grupo terrorista Hamas, Shlomo Mantzur, foi declarado morto pelo Exército israelense na última terça-feira (11) —segundo as autoridades, ele foi assassinado no dia do ataque, e desde então o grupo mantém seu corpo em Gaza. Após a confirmação, a família de Mantzur o descreveu como “um homem de alta moral e valores, um amante da humanidade, que sempre ajudou os outros de todo o coração”.



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