Euforia por Fonseca torna número 2 do mundo coadjuvante – 18/02/2025 – Esporte


A euforia ao redor do tenista brasileiro João Fonseca tornou coadjuvante o número dois do mundo, o alemão Alexander Zverev, que estreou no Rio Open nesta terça-feira (18), horas antes de o brasileiro entrar na quadra de saibro do torneio carioca.

No último jogo da noite, Fonseca foi eliminado na estreia, após perder para o francês Alexandre Muller por 2 sets a 0, parciais de 6/1 e 7/6 (7/4).

Fonseca, 18, é o 68° no ranking da ATP (Associação de Tenistas Profissionais). Muller, dez anos mais velho (28), é o 60°.

O público ocupou a quadra principal duas horas antes da partida de Fonseca. Queriam ver Zverev em ação. Mas o principal assunto das conversas, dentro e fora das arquibancadas, era até onde Fonseca poderia chegar e quem o brasileiro já conseguiria encarar de igual para igual.

“Eu sabia que teria que enfrentar esse nervosismo e não consegui jogar meu jogo, não consegui ser do jeito alegre dentro de quadra. Não consegui arrumar forças e jogar com o público. Essa foi minha frustração de hoje”, disse Fonseca em entrevista coletiva após a derrota.

A euforia por Fonseca aumentou a procura por entradas para o torneio, o mais importante do tênis na América do Sul. Apesar de esgotados desde novembro, ingressos ainda eram encontrados com cambistas.

Na segunda-feira (17), dia em que Fonseca apenas treinou, ingressos eram vendidos na porta do Jockey Club Brasileiro, zona sul do Rio, a partir de R$ 700. Nesta terça, eram encontrados por R$ 3 mil, em média.

Alguns torcedores que compraram ingresso para esta terça não puderam assistir ao tenista brasileiro. O ingresso é dividido por sessões da tarde e da noite, e aqueles que adquiriram a primeira devem deixar a quadra antes do início dos últimos jogos.

Zverev enfrentou o chinês Yunchaokete Bu, e foi o 69° do ranking quem recebeu apoio da maior parte dos torcedores, que murmuravam “Buuu”, como os fantasmas de quadrinhos, a cada ponto do azarão.

Concentrado, Fonseca entrou pouco depois das 21h30 sob aplausos. Quase tomou um pneu — termo usado no tênis quando um primeiro set termina em 6 games a 0 — e aparentou decepção com seu início, dando longos suspiros em algumas falhas. O brasileiro foi derrotado no primeiro set por 6 games a 1.

Cometeu erros com bolas no fundo, e era castigado por jogadas curtas do francês. As bolas rápidas em paralela, um dos pontos fortes do brasileiro, entraram pouco.

O jovem demonstrou algumas vezes irritação com os rumos do jogo.

A cada erro, era acudido por gritos de “Vai, João” e “calma, João”. Em entrevistas, o tenista afirmou não se sentir atrapalhado ou inseguro com as manifestações dos torcedores.

Quando passou à frente do placar pela primeira vez no duelo, na metade do segundo set, levantou os braços e pediu manifestações da torcida.

O público deu um tanto de trabalho ao árbitro, que precisou pedir silêncio, em um cortês “por favor, obrigado”, a cada grito fora de hora. Foram mais de 15 os pedidos de silêncio.

“O diferencial do primeiro para o segundo set foi o nervosismo. Fui acalmando os nervos, conseguindo me soltar, mexer mais as pernas, ser um pouco mais sólido, mas infelizmente era tarde demais”, disse o tenista.

O brasileiro Thiago Monteiro enfrenta o taiuanês Chun-Hsin Tseng na segunda rodada, em jogo que acontece na noite desta quarta-feira (19).

Outros dois brasileiros da disputa de simples, Felipe Meligeni foi derrotado na primeira rodada pelo russo Alexander Schevchenko (2 sets a 0), e Gustavo Heide pelo argentino Francisco Comesana (2 sets a 1).



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