vídeos de delação mostram clima cordial e sem tortura


Cid foi preso preventivamente em março de 2024, quando áudios divulgados pela revista Veja mostraram ataques dele à corporação e ao STF. Depois, fez o acordo de delação com a Justiça para garantir sua soltura. A delação do tenente também subsidia outras investigações contra o ex-presidente, como a que apura fraude nos cartões de vacinação da covid-19 dele e de familiares, bem como a venda de joias e relógios entregues à Presidência por autoridades estrangeiras.

Ao Canal UOL, Sakamoto analisou as gravações divulgadas hoje e disse não ter visto um ambiente hostil.

[No depoimento] Não está se colocando palavras na boca de ninguém, não está tendo instrumentos medievais de tortura, nem técnicas avançadas de tortura psicológica. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Em outro trecho, Moraes deu uma bronca em Cid dizendo que ele teria a última oportunidade de falar a verdade. Para o colunista do UOL, a cena apresentada acaba com a narrativa de aliados de Bolsonaro.

Se essa foi a dura de Moraes, então críticos da delação que está apontando que Mauro Cid sofreu tortura com métodos medievais estão tentando fazer uma narrativa fantasiosa. O Moraes foi muito claro [ao dizer que o depoimento] tem contradições e [dando] a última chance de falar a verdade, porque caso contrário, ele perderia o benefício da delação premiada. Ele deixa claro que a PF tem um relatório parrudo apontando elementos, fatos. Então, ele fala que quer que Cid diga o que sabe, que seria a última chance de dizer a verdade… Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Nesta terça (18), a PGR (Procuradoria-Geral da República) fez a denúncia contra o ex-mandatário e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado em 2023. Bolsonaro é acusado de liderar a organização criminosa para tentar se manter no poder, mesmo após a derrota para Lula nas eleições de 2022. A denúncia deve ser julgada ainda em 2025 pela 1ª Turma do STF.





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