Thati Lopes, ex-Porta dos Fundos, quer ir além do humor – 24/02/2025 – Celebridades


São Paulo

É possível, ou melhor, bem provável, que você já tenha visto o rosto dela na TV, no cinema ou em musicais. Thati Lopes, 35, tem um currículo extenso para alguém de sua idade, fez novelas como “Mutantes” (Record, 2008), “Boogie Oogie” (2014), “Espelho da Vida” (2018) e, mais recentemente, “Terra e Paixão” (2023), todas na Globo.

No cinema, está em cartaz com “Viva a Vida” e foi protagonista de longas como “Socorro, Virei uma Garota” (2019), “Dissonantes” (2022), “La Situacion” (2023) e “Saideira” (2024). Mas a impressionante força da internet fez com que ela levasse o Brasil às gargalhadas em 2016, quando protagonizou um esquete com Xuxa Meneghel no Porta dos Fundos.

No vídeo, que acumula 24 milhões de visualizações, ela interpreta Jéssica, uma fã desbocada que não reconhece Xuxa e a trata com desdém ao ser visitada pela apresentadora em sua casa. Foi um sucesso, seguido de outros momentos memoráveis com os humoristas.

“Falam comigo até hoje sobre esse vídeo. Impressionante! E foi com a Xuxa, de quem sou muito fã. A Thati criança que ia de caravana nos programas ficou muito feliz com essa oportunidade”, diz ao F5.

Mas essa fase acabou. A atriz, nascida em São Gonçalo (RJ), se despediu do canal do YouTube no ano passado e quer alçar novos voos em 2025 após 12 anos de parceria. Agora, a sua ideia é procurar atuar em novos gêneros. Variar um pouco, apesar de ser grata a tudo o que fez enquanto esteve no grupo.

“O Porta era aula para mim. Foi onde aprendi muito, onde me senti em casa cercada por pessoas talentosas e criativas. Tenho uma gratidão enorme por tudo o que vivi lá, pelos trabalhos que fiz e pelas oportunidades que surgiram a partir disso”, comenta.

Ela diz que nem se acha uma pessoa tão divertida assim. “Não me considero uma pessoa engraçada o tempo todo, mas sou bem simpática e adoro esse carinho do público. Às vezes algum fã chega citando uma frase de um vídeo específico que eu nem lembro direito do Porta. Fico puxando na memória junto com a pessoa, tentando lembrar de onde saiu aquilo”, brinca.

Thati afirma que deixar o canal foi um movimento natural. “Assim como a Globo está fazendo, não temos mais contrato fixo e voltamos para fazer os trabalhos por obra. No Porta o esquema de gravação funcionava duas vezes na semana com três gravações diárias. Não era puxado, tanto que eu conseguia conciliar com outros trabalhos.”

A atriz conta que, apesar de ter ficado nacionalmente conhecida por fazer as pessoas rirem, ela é atriz e pode encarar qualquer papel. “Gosto de estar em lugares diferentes. Amo explorar tudo o que sei, seja no drama, nos musicais, no que vier. O que eu quero são oportunidades diferentes, novos desafios. Poder transitar por tudo é sempre incrível.”

A vida artística de Thati começou ainda na infância em São Gonçalo, município do Rio de Janeiro, quando cantava músicas de Elis Regina (1945-1982) em eventos escolares. A partir disso, começou a se dedicar à música e participar de apresentações na igreja.

Tentou uma vaga no reality do SBT Ídolos, em 2008, e no High School Musical: A seleção, promovida pelo mesmo canal em parceria com o Disney Channel no mesmo ano. Nessa época, estreou como apresentadora de um programa numa rádio local em São Gonçalo, trabalhou como garçonete e cantora em um bar e também foi locutora de porta de loja, atraindo a clientela no Saara, tradicional região de comércio no centro da cidade do Rio de Janeiro.

Seu próximo trabalho já está definido. Até o final do ano, ela vai interpretar a primeira mulher do cartunista Mauricio de Sousa na cinebiografia dirigida por Pedro Vasconcelos.

“Nesse projeto serei a Marilena, mãe de Mônica, Magali, Mariângela e Mauricio Spada. E agora estou filmando aqui no Rio o longa ‘Chá Revelação’, que é uma comédia dirigida por Pedro Amorim na qual interpreto a protagonista Anne, que precisa lidar com as consequências de uma gravidez inesperada e uma série de situações desafiadoras”, antecipa.

“Meu maior desejo é ter uma carreira longa, assim como os artistas experientes que admiro e com quem tenho trabalhado. Vejo esses atores com seus 70, 80, 90 anos, lúcidos, decorando texto, atuando. Quero isso para mim”.



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