Mais de 50 mil morreram em Gaza desde o início da guerra, diz ministério


Mais de 50.000 palestinos foram mortos em Gaza desde que a guerra de Israel com o Hamas começou, disse o Ministério da Saúde do território neste domingo (23),

O ministério relatou mais 41 mortes nas últimas 24 horas, elevando o número para 50.021.

As autoridades em Gaza não distinguem as pessoas entre civis e combatentes do Hamas ao relatar números de vítimas, mas o Ministério da Saúde e as Nações Unidas afirmam que a maioria das mortes são de mulheres e crianças. O número real pode ser muito maior, devido aos relatos de milhares de palestinos sob os escombros.

As mortes aumentaram a medida que Israel retomou a guerra com o Hamas esta semana, encerrando um cessar-fogo de dois meses em Gaza.

Os novos ataques aéreos de terça-feira (18) marcaram um dos dias mais mortais para os palestinos desde o início da guerra, com mais de 400 mortos por fogo israelense, de acordo com o Ministério da Saúde. Na quarta-feira (19), Israel também havia retomado sua operação terrestre no enclave.

Israel lançou uma guerra contra o Hamas em Gaza em 7 de outubro de 2023, após o ataque surpresa do grupo palestino no sul de Israel que matou 1.200 pessoas, a maioria civis, e fez 251 reféns, de acordo com autoridades israelenses.

O Hamas chamou a última ofensiva de uma “nova e perigosa violação” do acordo de cessar-fogo. O grupo diz que está comprometido com o acordo de cessar-fogo que assinou com Israel em janeiro, mas na quinta-feira (20) disparou seus primeiros foguetes contra Israel desde que a trégua entrou em colapso.

Os moradores de Gaza ficaram com pouca esperança de que a matança diminuiria, já que as autoridades israelenses alertam que o que está por vir será significativamente pior.

Uma mulher palestina e uma criança choram o corpo de um parente morto em um ataque israelense, no pátio do hospital indonésio em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, no sábado, 22 de março. • https://edition.cnn.com/2025/03/23/middleeast/50-000-killed-in-gaza-since-start-of-israel-hamas-war-intl/index.html

O Ministro da Defesa Israel Katz alertou o Hamas esta semana que Israel manterá uma presença permanente em partes de Gaza, a menos que os reféns israelenses sejam libertados.

Katz disse na sexta-feira (21) que havia instruído o exército israelense “a tomar áreas adicionais em Gaza, enquanto retira a população, e a expandir as zonas de segurança ao redor do enclave para proteger as comunidades e os soldados das forças israelenses por meio da manutenção permanente do território por Israel”.

Logo após o início da nova campanha, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse: “Quero garantir a vocês: este é apenas o começo“.

Quase toda a população de Gaza, de mais de 2 milhões, foi deslocada de suas casas. O sistema de saúde do enclave foi severamente danificado, com hospitais frequentemente se tornando o centro dos combates.

Uma crise humanitária e de fome em partes de Gaza estão se intensificando, já que Israel bloqueou a entrada de ajuda no território no início deste mês e sua última operação impede a distribuição.

As negociações para estender o cessar-fogo estão lentas desde o dia em que ele entrou em vigor, 19 de janeiro.

O Hamas insistiu em manter a estrutura inicial assinada com Israel em janeiro, o que teria levado as partes a passarem para uma segunda fase em 1º de março.

Sob os termos da segunda fase, Israel teria que se retirar completamente de Gaza e se comprometer com o fim permanente da guerra. Em troca, o Hamas libertaria todos os reféns vivos.

Fumaça sobe de um prédio destruído em um ataque aéreo israelense no campo de refugiados palestinos de Bureij, no centro da Faixa de Gaza, em 12 de janeiro. • Eyad Baba/AFP via Getty Images via CNN Newsource

A segunda fase nunca aconteceu, e Israel retomou a guerra, citando a suposta rejeição do Hamas de “duas propostas concretas de mediação apresentadas pelos EUA” e suas “ameaças de prejudicar soldados do Exército e comunidades israelenses” como justificativa para os ataques a Gaza.

Israel não contesta que um número significativo de civis palestinos foram mortos na guerra em Gaza. No entanto, há muito tempo argumenta que os números do Ministério da Saúde são exagerados e que o Hamas se insere entre os civis, usando-os como “escudos humanos”.

As Nações Unidas e o Departamento de Estado dos Estados Unidos disseram repetidamente que acreditam que os números do Ministério da Saúde são precisos, e estudos acadêmicos independentes estimaram que o verdadeiro número provavelmente será muito maior.

A CNN não pode verificar os números de forma independente e o governo israelense não permite que jornalistas estrangeiros entrem em Gaza de forma independente.



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