Casa Branca parodia imigração com verso de Valentine’s Day – 14/02/2025 – Mundo


O Dia de São Valentim —equivalente ao Dia dos Namorados no Brasil— é comemorado nesta sexta-feira (14) nos Estados Unidos. Na cultura americana, a tradição de celebrar o Valentine’s Day vem acompanhada de pequenos versos repetidos ano a ano. Neste ano, a Casa Branca fez uma publicação em que parodia um deles para reforçar as políticas anti-imigração do governo de Donald Trump.

“Roses are red, violets are blue. Sugar is sweet and so are you” que, em português, é algo como “Rosas são vermelhas, violetas são azuis. Açúcar é doce e você também”, brinca com o ritmo e rima das palavras para expressar o tom amoroso do dia.

Diferente disso, a equipe de Trump publicou uma versão em que, na tradução livre, diz: “Rosas são vermelhas, violetas são azuis. Venha para cá ilegalmente e nós iremos te deportar”. É comum que os dois últimos versos sejam trocados por diferentes dizeres que também rimem com os anteriores.

É inédito, no entanto, que o maior órgão publicano americano faça uso dos versos para, com um tom supostamente engraçado e irônico, reforçar suas políticas taxativas de imigração. Na legenda da postagem, a conta oficial da Presidência deseja “Happy Valentine’s Day” (Feliz Dia de São Valentim).

Na publicação, ainda estão presentes os rostos do presidente e de Tom Homan, nomeado como czar da imigração do governo e principal responsável pelas políticas de deportação desse mandato.

Trump se elegeu afirmando que realizaria uma deportação em massa de migrantes. Desde que assumiu a presidência, o republicano declarou emergência nacional na fronteira sul —em que milhares atravessam o limite com o México— e intensificou detenções de migrantes em situação irregular dentro dos EUA.

Somente em relação aos cidadãos em situação ilegal no país, quase 1,5 milhão de pessoas têm uma sentença de deportação, das quais 38 mil são brasileiras, segundo dados do Serviço de Imigração do país referentes a novembro de 2024 aos quais a Folha teve acesso.

Os dados constam de um documento do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas) e tratam apenas de cidadãos não americanos e que não estão presos. Esses números englobam indivíduos que feriram as leis de imigração dos EUA e que já tiveram o processo analisado por ao menos um juiz.

Trump prometeu fazer o maior processo de deportação em massa da história. Especialistas, porém, duvidam que ele vá conseguir expulsar todos que estão em situação irregular no país. Além das dificuldades operacionais, realizar uma remoção nesse nível geraria fortes impactos econômicos aos EUA.



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